Datas
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Atividades Realizadas
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24 de agosto
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Reunião de organização e planejamento do Programa
Institucional de Iniciação à Docência na Unidade Alegrete.
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08 de setembro
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Desfile Semana da Pátria.
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11 de setembro
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Visita de apresentação do programa e das bolsistas na EMEB
Luiza de Freitas Valle Aranha.
Primeira formação.
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13 de setembro
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Observação na sala de aula do 2º ano na EMEB Luiza de
Freitas Valle Aranha
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18 de setembro
(manhã)
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Reunião PIBID- Formação: Reunião do grupo e relatos dos
bolsistas sobre o início das práticas.
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18 de
setembro
(tarde)
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Atividade na Escola:
Oficina “Era uma vez...”. Oficina de
Contação de Histórias – hora do conto com a história “Negrinho do pastoreio”
com o recurso de fantoches, interpretação da história oral, construção
culinária do bolo formigueiro, exploração da receita, registro através de
desenhos da construção do bolo, apresentação do PIBID para a turma e logo
após confecção do cartaz: Essa turma faz parte do PIBID 2012/UERGS-Alegrete.
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25 de setembro
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Reunião PIBID- Formação: Relatos das bolsistas sobre a
atividade prática.
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27 de setembro
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Atividade na Escola
Oficina Contação de História – História “A
Margarida Friorenta”, usando o recurso do avental de contar histórias,
registro da história através da construção coletiva de um livrão,
questionamentos sobre os valores e o respeito; Roda de conversa com os alunos,
atividades para trabalhar o plural, singular, diminutivo , aumentativo e
separação e classificação de silabas a partir das palavras das histórias.
Confecção da margarida com garrafa pet.
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02 de outubro
(manhã)
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Reunião PIBID- Organização do lançamento do programa,
relatos das bolsistas sobre a atividade prática.
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02 de outubro
(tarde)
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Atividade na Escola
Oficina Pequenos Escritores de
Alegrete - A lenda do “Boitatá”; interpretação e compreensão da história,
reflexão abordando o respeito ao meio ambiente, registro com desenhos da
história, construção de um texto coletivo a partir da lenda do Boitatá.
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04 de outubro
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Lançamento Oficial do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência Unidade Alegrete- Saberes e sabores da docência: o reencantamento
do prazer de aprender e ensinar através da mitopoética do Alegrete.
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09 de outubro
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Reunião PIBID – Formação: Reunião do grupo e relatos dos
bolsistas sobre as atividades práticas.
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11 de outubro
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Atividade na Escola
Oficina Pequenos Escritores de
Alegrete – “A canção da Garoa”, interpretação da poesia, conversa informal
sobre o escritor da poesia Mario Quintana escritor alegretense, reflexão
sobre escrever, produção individual de poesia com o titulo “Canção da Criança”.
Festividade programada para o dia da
criança, realizamos brincadeiras e pintura no rosto nas crianças do ensino
fundamental da escola.
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16 de outubro
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Reunião PIBID – Formação: Reunião do grupo e relatos das
bolsistas sobre a atividade prática.
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18 de outubro
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Atividade na Escola
Oficina de Matemática - Filme:
“Donald no País da Matemática”, reflexão após o filme com a temática: Para
que usamos os números? Onde a matemática está presente? A matemática está em
todos os lugares? Registro através de desenho do filme, jogo da memória em
duplas com os personagens do filme, registro do jogo com o número de rodadas
e número de cartas e a soma total dos dois jogadores, exercícios explorando a
tabuada e cálculos matemáticos.
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24 a 26 de outubro
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Participação no II Salão Integrado
de Ensino, Pesquisa e Extensão na Unidade de São Luiz Gonzaga. Apresentação do trabalho: A Contação de
Histórias como estratégia de aprendizagem nos anos inicias das escolas
públicas.
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30 de outubro
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Reunião PIBID- Formação: Reunião
do grupo e relatos dos bolsistas sobre as atividades práticas.
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1º de novembro
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Atividade na Escola
Oficina de Matemática –
Culinária confecção de mini pizzas, exploração da receita de medidas e
quantidades, trabalhando figuras geométricas, seriação e classificação com as
figuras feitas com a massa registrando as quantidades de cada figura na
folha, registro da confecção da massa através de desenhos. Degustação das
mini pizzas.
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06 de novembro
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Reunião PIBID – Formação: Reunião
do Grupo e
relatos das bolsistas sobre as
atividades práticas.
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08 de novembro
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Atividade na Escola
Oficina Sopa de Letrinhas -
Filme: “O Rei Leão”. Exploração do filme, reflexão sobre os valores de
amizade e respeito, interpretação do filme; registro através de desenhos, e
produção textual coletiva sobre o filme. Construção do alfabeto móvel.
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13 de novembro
(manhã)
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Reunião PIBID – Formação: Reunião
do grupo e relatos dos bolsistas sobre as atividades práticas.
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13 de novembro
(tarde)
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Atividade
na Escola:
Oficina de Sopa de Letrinhas - Leitura e
interpretação da poesia “A Chácara do Chico Bolacha”. Leitura coletiva,
ilustração da poesia e ditado com o
alfabeto móvel com as palavras da poesia. Atividades para completar com x
ou ch.
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20 de novembro
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Reunião PIBID - Formação: Reunião
do grupo e relatos dos bolsistas sobre as atividades práticas.
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22 de novembro
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Atividade na Escola
Oficina: Corpo, Arte e Movimento - Apresentação do vídeo
com a história “O cabelo de Lelê”, explorando o mesmo com a temática da
semana da consciência negra, refletindo sobre as diferenças e a genética
ligada com a nossa família.Brincadeira do espelho, despertando a autoestima e
redescobrindo a importância de cada um para a sociedade. Construção do
fantoche do “Lelê” para a mostra interdisciplinar realizada na escola no dia
23 de novembro. Brincadeira na quadra da escola de origem africana chamada
“Labirinto”, brincadeiras coletivas ressaltando a importância do grupo.
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27 de novembro
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Reunião do PIBID – Formação: Reunião
do grupo, relato de experiências dos bolsistas e planejamento da festa de
encerramento.
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29 de novembro
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Atividade na Escola
Oficina: Corpo, Arte e Movimento – Dinâmicas em Grupo:
Brincado de Guia, em duplas um colegas de olhos vendados e outro colega de
guia para guiá-lo. Brincadeira marcha de jornais e brincadeiras na pracinha
da escola na pracinha, refletindo sobre importância de cada um para o grupo.
Brincadeira de roda e “lá vem o pato”, telefone sem fio e brincadeira da
cadeira.
Ensaio para apresentação de final de ano.
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04 de dezembro
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Reunião PIBID – Formação: Reunião
do grupo e relatos dos bolsistas sobre as atividades práticas.
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06 de dezembro
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Atividade na Escola
Oficina Introdução a Informática -
Atividades no laboratório de informática, produção textual no editor de
texto, jogos nos computadores com a temática de natal.
Ensaio da música “Então é Natal”
para as festividades do final de ano da escola.
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12 de dezembro
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Encerramento das atividades na E.
M. E. B. Luiza de Freitas Valle Aranha.
Festa proporcionada em conjunto
com as quatro turmas do turno da tarde participante do PIBID.
As bolsistas fizeram brincadeiras
com os alunos relembrando os conteúdos dados durante o ano.
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
RELAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA BOLSISTA – 2012/2
artigo é fruto de um projeto proposto pelo Programa Institucional de bolsas de iniciação à docência (PIBID),
Dâniele Duarte
Pinheiro
Sabrina Stringari
Rubia de O. Afonso
Curso de
Licenciatura em Pedagogia
Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul
Unidade Alegrete
RESUMO: Este artigo é fruto
de um projeto proposto pelo Programa Institucional de bolsas de iniciação à
docência (PIBID), que proporcionou atividades práticas, auxiliando na
construção de novos conhecimentos assim propiciando redescobertas de vivencias
do cotidiano de uma sala de aula de 2º ano na Escola Luiza de Freitas Valle
Aranha, localizada no município de Alegrete. Sabendo-se da importância de
relatar as práticas pedagógicas como um modo de avaliação ou mesmo uma forma de
analisar o desenvolvimento do social, a partir do dia a dia da sala de aula
refletindo o fazer pedagógico na construção da formação profissional, este
artigo tem como finalidade um relatar sistematizado das atividades realizadas
no PIBID durante o período de seis meses no ano de 2012.
INTRODUÇÃO:
A importância da
prática pedagógica faz-se constante diante da busca do conhecimento e da
experiência profissional. A reflexão critíca da nossa pratica faz-nos pensar no
tipo de professor que estamos nos tornando, fazendo-nos repensar na nossa
prática pedagógica, a partir de toda metodologia estudada na sala de aula e da
concepção de educação que estamos desenvolvendo.
Neste artigo estaremos relatando o
trabalho desenvolvido no PIBID, que contemplava seis oficinas. Eram elas,
contação de histórias; pequenos escritores de Alegrete; oficina de matemática;
sopa de letrinhas; corpo, arte e movimento; introdução a informática, todas
realizadas em uma turma de segundo ano, com crianças de faixa etária entre sete
e nove anos de idade na E.M.E.B Luiza de
Valle Aranha.
METODOLOGIA X PRÁTICA
No nosso primeiro
contato com a escola foi realizada uma reunião com toda a equipe pedagógica e
com todas bolsistas denominadas para realizar a prática nessa escola, foi um
momento de conhecimento dos professores das turmas selecionadas para o projeto
e também foi nos passado o funcionamento da escola e foi nos apresentado o
espaço físico da mesma.
A
compreensão dos fatores sociais institucionais que condicionam a prática
educativa e a emancipação das formas de dominação que afetam nosso
pensamento e nossa
ação não é
espontânea e nem
se produzem naturalmente. São
processos contínuos de descobertas, de transformação das nossas práticas
cotidianas. (PIMENTA, 2002, p. 102).
No segundo encontro
foi nos proposto fazer uma observação da turma
e uma avaliação diagnóstica da mesma, para então podermos planejar as
aulas de acordo com o desenvolvimento da turma, a partir da observação da mesma
e dos relatos da professora regente. Podemos observar que a turma era bastante
receptiva e aberta para a redescoberta de novos conhecimentos e bastante
produtiva e criativa. Sabendo-se das características das crianças, pensamos, então, em desenvolver as oficinas
de uma forma lúdica e construtivista, possibilitando através dos interesses dos
alunos a construção de novos conhecimentos.
A primeira oficina
desenvolvida foi à oficina de contação de história. como a escola estava comemorando a Semana
Farroupilha, com festividades sobre esse
tema, aproveitamos e trouxemos um conto muito popular no Rio Grande do Sul, o
“Negrinho do Pastoreio”. Manuseando fantoches, a história foi contada de uma
forma divertida e uma linguagem bem popular, comentando a moral que a história
nos ensina, como não acusar as pessoas injustamente e também fizemos uma
conversa informal sobre o racismo. Após a leitura da história foi feita uma
receita culinária, o bolo formigueiro, com a ajuda dos alunos construímos o
bolo e enquanto esperávamos ele ficar pronto, os alunos registraram a
construção do bolo em desenhos. Após a degustação do bolo, apresentamos o PIBID
para a turma. Fizemos alguns combinados para que nossas práticas incluíssem
prazer e produtividade e para selar nossos combinados construímos juntos um
cartaz com a seguinte frase: “Essa turma faz parte PIBID 2012/UERGS-Alegrete” e
abaixo cada aluno carimbou sua mão com tinta guache. Nesta tarde percebemos que
os alunos ficaram satisfeitos com a aula, pois ao final da mesma estavam
questionando quando voltaríamos e diziam que não faltariam a próxima aula.
Na semana seguinte,
segunda aula da oficina contação de história, foi trabalhado a história da
“Margarida Friorenta”, usando o recurso de uma “sacola mágica” de onde iam
saindo os personagens da história e iam sendo colados em um avental. Após a
contação ressaltamos as questões dos valores como o respeito, amizade e
carinho. Os alunos compreenderam a moral da história, que dar carinho e amor
sempre é importante e que o frio que a margarida sentia era de carinho e de atenção,
então não podíamos deixar que nossos amigos sentissem esse frio.
Todos esses conceitos foram usados para a
construção de um livrão, onde cada aluno desenhou uma parte da história,
posteriormente, propomos uma atividade em uma folha impressa onde os alunos
puderam realizar exercícios interligados com a história trabalhando conteúdos
propostos pela professora da turma como plural,
singular, diminuitivo, aumentativo e separação e classificação de sílabas.
Ao término dessa
atividade foi confeccionada uma margarida de garrafa pet, para que os alunos
levassem para casa e que cada vez que olhassem para a margarida lembrassem-se
dos valores trabalhados em aula.
A segunda oficina
com o titulo pequenos escritores do Alegrete, tinha a finalidade de fazer os
alunos experimentarem ser escritores, escreverem histórias com temas dados em
sala de aula e aproximar-lhes de histórias, lendas e escritores da nossa
cidade. Aproveitamos que na aula passada confeccionamos uma margarida com
garrafa Pet e fizemos um link com a aula dessa semana, em que se iniciava a
primavera. Trouxemos uma lenda bem conhecida, contada até os dias de hoje
fazendo uma reflexão sobre o meio ambiente, a lenda do “Boitatá”.
Após a leitura os
alunos debateram e escreveram um texto coletivo sobre a preservação do meio
ambiente baseados na lenda e enquanto copiávamos no quadro, eles copiavam no
caderno. Logo após eles ilustraram o texto que produziram. Dando seguimento,
realizamos a confecção de um Boitatá com caixa de ovo e papel crepom. Foi muito
prazeroso para os alunos esse momento, Nesse dia, por motivo de chuva os alunos
saíram mais cedo e acabamos por não realizar todo nosso planejamento.
Na
segunda aula da oficina, Pequenos Escritores do Alegrete, trouxemos para os
alunos uma poesia de um escritor alegretense. A poesia “Canção da Garoa” de
Mário Quintana, uma bela poesia que inspirou os alunos a se tornarem poetas
também. Cada aluno escreveu sua poesia e já que estávamos na semana da criança,
escreveram com o titulo “Canção da Criança”.
Após a construção da mesma, geramos uma conversa informal sobre o
escritor Mário Quintana. Nesse dia a escola fez uma festividade do dia das
crianças, onde foi nos proposto fazer
brincadeiras e pinturas no rosto dos alunos da escola e por esse motivo
nossa programação na sala de aula foi somente até as 15h e 30m.
A
Oficina de Matemática se desenvolveu através do filme “Donald no País da
Matemática.” Foram trabalhados os números, sua importância, a história da
matemática e os lugares onde ela se encontra. Confeccionamos um jogo da
memória, jogado em dupla pelos alunos em sala de aula. Após, os mesmos
registraram o placar das partidas e das rodadas jogadas. Foram realizadas
várias atividades explorando a tabuada e cálculos matemáticos em folhas
impressas.
Na segunda aula da etapa da oficina de
matemática, confeccionamos juntos mini pizzas, onde exploramos a receita,
trabalhando com as quantidades e as figuras
geométricas. Os alunos ficaram realizados colocando a mão na massa.
Exploramos a receita com o conteúdo como soma, subtração, divisão, multiplicação
e trabalhando as unidades de medida (quantidade, tempo, temperatura etc...). As
perguntas eram feitas aleatoriamente estimulando o raciocínio rápido dos
alunos, a massa de pizza foi cortada e moldada nas formas geométricas, através
dessas formas os alunos registraram a confecção da pizza em desenhos, o momento
da degustação foi bastante prazeroso para as crianças.
Na
oficina Sopa de Letrinhas, a turma assistiu ao filme “O Rei Leão”, de fácil
compreensão e com valores morais como respeito e amizade. O filme animou os
alunos que ficaram fascinados com a linda história. A turma registrou o filme
em desenhos e construíram um texto coletivo contando a história do filme com a
visão dos alunos. A turma confeccionou um alfabeto móvel que auxiliou os alunos
nas atividades das aulas de português.
A
poesia “Chácara do Chico Bolacha” foi utilizada na segunda aula realizada na
oficina Sopa de Letrinhas. Ajudou os alunos a diferenciar e a conhecer as
palavras que são escritas com x ou ch. Os alunos realizaram atividades com
relação à poesia como: leitura, ilustração e atividades para completar com
palavras com x e ch. Com o auxílio do alfabeto móvel foi feito um ditado com a
turma.
Foi
com a apresentação do vídeo com a história “O Cabelo de Lelê”, que iniciamos a
oficina Corpo, Arte e Movimento. Aproveitando a história para integrar o
conteúdo com a semana da consciência negra. Os alunos refletiram sobre as
diferenças e houve uma conversa sobre as diferenças culturais e a genética
ligada com a nossa família. Em roda foi feita a dinâmica do espelho,
despertando a auto estima e a importância de cada um para a sociedade. Os alunos confeccionaram fantoches do boneco
“Lelê” para a amostra interdisciplinar realizada na escola. Por último a turma
saiu para o pátio, onde realizamos uma brincadeira de origem africana chamada
“Labirinto”. São brincadeiras coletivas estimulando o desenvolvimento social,
interação e respeito com outras crianças.
Na segunda etapa da oficina Corpo, Arte e
Movimento também ressaltou-se a
importância do grupo para a turma, de olhos vendados os alunos eram guiados por
outro colega, que ajudava a se
locomover. Através dessa brincadeira do guia, o aluno conseguia entender,
respeitar, tolerar e trabalhar em grupo. Desenvolvemos atividades com os alunos
sempre trabalhando o coletivo nas brincadeiras, como na brincadeira da marcha
de jornais, na pracinha da escola, brincadeira de roda, “lá vem o pato”,
telefone sem fio e brincadeira da cadeira. Nessa tarde percebemos que os alunos
aprenderam muito brincando, bem como nós que estávamos dirigindo as
brincadeiras com objetivos definido.
Na nossa última oficina que era a de
Introdução à Informática, a aula foi realizada no laboratório de informática,
onde realizamos produção textual no editor de texto e jogos no computador com a
temática de natal. Em conjunto com a professora da turma, ensaiamos a música
“Então é Natal” com os alunos, para apresenta-la na festa de final de ano da
escola. Para comemoramos o final desta etapa realizamos uma confraternização
entre as turmas que participavam do programa pelo turno da tarde, onde foi
oferecido para as crianças cachorro-quente, refrigerante e bolo, além de
brincadeiras envolvendo todos os alunos.
DISCUSSÃO:
Usamos neste
momento as palavras de Genro (1999) para uma reflexão da nossa prática pedagógica
Quero
uma escola que espalhe a esperança, que cative a criança, como quem cultiva
uma flor... uma escola
que abrace nossos
sonhos com carinho, que
multiplique caminhos, no aprendizado do amor! Quero uma
escola que mostre o rumo seguro, semeie estrelas escuras e lições de
libertação... Uma escola que devolva a alegria esquecida, que reinvente a vida,
plena de participação!
Baseando-nos na
citação acima iniciamos nossa prática com a vontade e a pretensão de
proporcionar aulas alegres, tornando o aprendizado prazeroso. Abraçamos essa
turma cheia de expectativas e de curiosidades também. E ao final desta etapa,
percebemos que muito aprendemos e trocamos conhecimentos com estes pequenos,
tivemos a oportunidade de fazer diferença na vida de cada aluno nesta sala. A
sensação não é de dever cumprido e sim de dever iniciado e uma vez iniciado não
pode ser renunciado. Dever de ensinar e
aprender deve permanecer sempre na vida de um educador, por esse motivo, o Pibid
é de tamanha importância, pois nos dá a possibilidade de reafirmar ou não o
desejo de ser educador, estar diretamente em sala de aula, nos aproximando da
rotina escolar.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O programa PIBID
foi de suma importância para iniciação docente das bolsistas, onde podemos por
em prática o que aprendemos e debatemos na faculdade. E nas reuniões em grupo
onde compartilhávamos conhecimentos e dividíamos experiências, recebendo
auxilio das nossas orientadoras para as aulas efetuadas nas turmas contempladas
pelo programa.
Nas nossas aulas, realizávamos as
oficinas tentando incorporá-las ao cotidiano da escola, em conversas com a
professora titular da turma, fazendo com
que nossas oficinas tivessem relação com o conteúdo, respeitando o tempo de
aprendizagem e o desenvolvimento da turma.
Referências
PIMENTA, Selma G. e
GHEDIN, Evandro (Orgs.). Professor
reflexivo no Brasil: Gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez,
2002.
Hora do conto : Margarida Friorenta
Construção do livrão a partir da história "Margarida Friorenta"
Confecção do bolo" Formigueiro"
Filme: Donald no país da matemática
oficina navegando
O PROCESSO DE SUPERAÇÃO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA RELACIONADO COM AS PRÁTICAS DO PIBID.
O PROCESSO DE SUPERAÇÃO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA RELACIONADO COM AS PRÁTICAS
DO PIBID.
Milene Benites Pontes - UERGS
Prof.ª Msc. Percila Silveira de
Almeida - UERGS
Sara Lima Pereira - UERGS
Prof. ª Dr ª. Martha Giudice Narvaz
– UERGS (Orientadora)
Resumo: O trabalho aqui proposto traz como reflexão a relação
da prática docente no processo de ensino-aprendizagem, bem como a superação da
educação bancária, explicitada por Paulo Freire desde a Pedagogia do Oprimido.
Desse modo, faz se necessário, repensar como está ocorrendo esse modelo de
educação reproduzido nas escolas. Com isso, busca-se investigar como estão ocorrendo
as práticas pedagógicas do programa institucional de bolsa de iniciação a
docência, na escola pública do município de Alegrete-RS. O trabalho surgiu a
partir de reflexões decorrentes das atividades desenvolvidas pelo projeto
PIBID, que ainda estão em andamento e que tem contribuído para nosso processo
de formação e iniciação a docência.
Palavras-chave: Prática pedagógica, docência e PIBID.
Introdução
O
referido trabalho tem como objetivo explicitar com estão correndo às práticas
de iniciação a docência propostas nas oficinas do PIBID, Programa de Bolsa de
Iniciação a Docência, que estamos realizando em uma escola do município de
Alegrete, e a relação dela, com a concepção de Paulo Freire, no que se refere à
educação bancária e seus pressupostos.
Propomos
uma reflexão das práticas do projeto, e a sua relação com a educação bancária, para
que ocorra uma superação desse processo educativo, por meio da educação
problematizadora, também preconizada por Paulo Freire e que abre possibilidade
para a construção de práticas que libertem o educando dessa educação
tradicional.
Os
pressupostos freireanos servem como orientação para a formação docente no que
diz respeito à reflexão critica da prática pedagógica. Fazem com que os
educadores repensem suas práticas pedagógicas, analisem e percebam o que precisa
ser mudado no processo de ensino-aprendizagem.
A partir
desses aspectos buscamos saber: Como se desenvolvem nossas práticas
pedagógicas? Utilizamos uma concepção bancária ou uma concepção inovadora?
Faremos uma análise no que se refere, a forma como estas reflexões se encontram
no processo da educação, e o que estamos fazendo para mudar a educação do
modelo tradicional, que estamos entendendo o qual permanece presente.
Referencial
Teórico
Percebe-se
nos dias de hoje, a busca constantemente de uma educação que tem como papel
principal, formar cidadãos críticos e pensantes. Desse modo, procuramos
integrar em nossas práticas, a educação transformadora, delineada por Freire,
que permite ao sujeito a organização reflexiva de seu pensamento.
A
educação libertadora pressupõe caminhos metodológicos inovadores, fazendo com
que o aluno, seja um ser reflexivo, questionador, e crítico. Ao contrário da
bancária que faz do aluno um ser que reproduz e delimita-o a uma aprendizagem
mecânica. Desse modo, Paulo Freire faz uma distinção entre os dois modelos de
educação: (...) a “bancária”, que serve à dominação: outra a problematizadora,
que serve à libertação. Enquanto a primeira, necessariamente, mantém a
contradição educador-educandos, a segunda realiza a superação (FREIRE, 1970, p.68).
Nesse contexto, pode-se entender que a educação problematizadora, possibilita um
modo em que podemos formar seres conscientes, questionadores, e investigadores
da realidade. E a prática bancária inibi o aluno a pensar e a usar suas
potencialidades restringindo- em sua aprendizagem. Além de manter uma barreira
entre professor e aluno, o depositante, e o depositado.
Em relação à educação bancária Paulo Freire diz:
O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador
é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os
educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que
escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os
disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos, os
que seguem a prescrição; o educador é o que atua; os educandos os que têm a
ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos
se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade funcional que opõe
antagonicamente á liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às
determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os
educandos meros objetos. (FREIRE, 1983, p.68).
Nessa
visão o professor é considerado o único detentor do saber, e os alunos são
apenas receptores, ouvintes que não podem expressar suas opiniões, pois todos
são os atores no processo educativo, o educador não deve ser apenas o
transmissor e o aluno o receptor, deve haver uma troca de experiências.
A
transformação na educação ocorrerá quando houver a superação total da educação
bancária, foi com esse pensamento de reagir a esse tipo de educação, que
iniciamos as nossas práticas de iniciação à docência no PIBID.
A concepção bancária e as práticas do PIBID
Ao darmos
inicio com as práticas, realizamos encontros de formação pedagógica, onde se
faz necessário a fundamentação teórica para ampliar nossa visão crítica sobre a
docência.
Em nossas
práticas, buscamos estimular a construção do conhecimento, procurando adaptar a
metodologia de ensino ao aluno, relacionando também com a sua realidade,
valorizando as vivências, experiências e o conhecimento que o aluno trás
consigo, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada um. Desta forma procuramos
oferecer ao aluno uma educação crítica, reveladora sobre uma visão de mundo
ampliada, baseada na compreensão de Paulo Freire, de uma educação libertadora,
que faça o aluno ter seu pensamento autêntico, e reflexivo.
A
educação problematizadora, preconizada por Paulo freire, faz-se necessária, pois nessa perspectiva, o aluno não é apenas um ser que
assimila os conteúdos. Esta propõe uma educação que acredita no cognitivo do
educando, desenvolvendo-se como um ser questionador, crítico que possa intervir
e entender o modo de sociedade a qual está inserido, e assim sirva de agente
para transformá-la. Visando uma educação problematizadora é que através de
nossas práticas procuramos estimular nos educandos a criticidade e o desenvolvimento
intelectual.
Metodologia
Para este
estudo nos baseamos nas práticas do PIBID e nas formações realizadas com
embasamento teórico e posteriormente tivemos a oportunidade de observar o
objeto de estudo. Esse relato de experiência permitirá fazer uma reflexão sobre
nossa prática pedagógica.
A
pesquisa descritiva, segundo Gil (1987, p. 45-46) “[...] têm como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno
ou estabelecimento de relações entre variáveis”. Gil afirma que a Pesquisa
Qualitativa, de acordo com os objetivos, pressupõe etapas de tipo observatória,
descritiva e explicativa. O autor diz que a pesquisa social e a educacional
atuam, geralmente considerando as duas primeiras fases. A observatória é a primeira
etapa, busca conhecer a realidade do objeto de estudo. A descritiva, é posterior
a observatória, contempla os registros que descrevem e detalham a observação
realizada, que será interpretada pelo pesquisador.
O relato
das experiências se baseia nas práticas realizadas, através da aplicação das
oficinas contempladas no subprojeto “Saberes e sabores da docência: o
reencantamento do prazer de aprender e ensinar através da mitopoética do
Alegrete”. Este pretende a qualificação
na formação docente dos bolsistas, através da experiência da iniciação a
docência, fazendo uma relação entre a teoria e a prática, como também aos
educandos pertencentes ao subprojeto, a fim de melhorar a qualidade do ensino
da Educação Básica, e o aumento do IDED (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica). Objetiva-se com isso possibilitar caminhos diferenciados de
aprendizagem através do desenvolvimento de estratégias e práticas docentes
realizadas pelos bolsistas, através da experimentação de maneiras correntes de
expressividade, buscando potencializar diferenciadas práticas docentes.
A aula
oficina pressupõe o trabalho coletivo e a participação efetiva dos educandos no
desenvolvimento das atividades propostas, podendo elaborar, construir e agir
sobre uma variedade de materiais transformando-os em pedagógicos, considerando
a diversidade dos educandos. Os conteúdos foram contextualizados de acordo com
a realidade dos educandos e a avaliação era através da observação, da
participação nas atividades e o interesse de aprender, respeitando o tempo de
aprendizagem de cada aluno. Os sujeitos que participaram são alunos do 1º ano,
com faixa etária entre seis e sete anos.
Foi
realizada uma prática de quatro horas semanais, durante quatro meses na escola
onde são desenvolvidas as oficinas. Na oficina “Era uma vez...”, foi trabalhado
a contação de histórias, através do livro, “Bichodário”- Telma Guimarães, e
atividades relacionadas ao texto. Os alunos fizeram o registro da história, através
de desenhos, confecção de um mural coletivo, e um bingo de letras, enfatizando
o reconhecimento das letras para formação de palavras. Nessa perspectiva possibilitou-se
que o aluno entendido como um ser reflexivo, capaz de intervir e compreender o
mundo a sua volta, pudesse criar e reconstruir seu aprendizado, através das
atividades que lhe foram proporcionadas.
A oficina
“Pequenos Escritores do Alegrete”, tem o objetivo de desenvolver as práticas de
leitura e escrita, de contos típicos da região. Desse modo foram trabalhadas
algumas das poesias do autor Mário Quintana, e vídeos que mostraram as
principais características da vida do autor. A partir do vídeo, desenvolveu-se
a produção de texto individual, e a construção de um texto coletivo. Desenvolvendo
assim a escrita, e o desenvolvimento cognitivo do alunado, valorizando dessa
forma, o pensamento autêntico dos alunos e alunas.
Na oficina
“Um, dois, três”, trabalhou-se a alfabetização matemática e desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. A partir
disso, foi proposta uma aula com o histórico da matemática, e fizemos uma roda
de conversa com curiosidades, perguntas, e dúvidas sobre como começou a
matemática. Logo após aplicou-se exercícios relacionados à matemática, com as
seguintes atividades: quadro mágico, ligar o número ao nome correspondente,
dominó, descubra quem é o antecessor e o sucessor do número, resolva as
continhas de adição e subtração e o jogo twister matemático. A partir
desta prática, possibilitou-se a oportunidade dos educandos interagirem com o
conteúdo, sendo o centro da aprendizagem.
A oficina
“Sopa de letrinhas” tem a finalidade de trabalhar a construção da escrita e a
prática da leitura, com enfoque no letramento e a alfabetização. Para o alcance
deste, foram desenvolvidas as seguintes atividades: reconhecimento do alfabeto
em ordem alfabética, o caça-palavras, e a junção de sílabas, formando palavras.
No final da aula, foi desenvolvido um jogo que teve a proposta de instigar o
alunado a usar o tato, aprendendo através de uma brincadeira e ludicidade no
processo de aprendizagem.
Na oficina
“Corpo e Arte em Movimento” foi desenvolvida a expressão corporal, artística e
a criatividade dos alunos e alunas. O tema da aula oficina foi sobre a
Consciência Negra. Neste contexto trabalhamos a história da origem africana, e
o porquê da comemoração desta data. A partir disso, foi apresentada a história
“A menina bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado e atividades
relacionadas à história. As atividades foram: interpretação de texto, completar
a história, e separar as palavras em sílabas. Na finalização da aula, foi
proporcionado aos educandos, trabalhar com argila, no pátio da escola, com o
objetivo de usar a criatividade, construindo algo que para eles representasse a
cultura africana. Neste momento, oportunizamos aos alunos e alunas caminhos
metodológicos diferenciados que apontam a compreensão do mundo.
A oficina
“Navegando”, busca integrar o educando nas tecnologias da informação,
desenvolvendo a curiosidade e o espírito investigativo. Nesta oficina
proporcionamos aos alunos (as) uma introdução à informática. O tema da aula foi
sobre tecnologias. Os alunos assistiram ao filme produzido por Chris Wed e
Carlos Saldanha, após foi realizada uma conversa sobre o que eles compreenderam
e atividades relacionadas do mesmo, que foram realizadas no laboratório de
informática. As atividades foram desenvolvidas nos programas Word, Paint, e softwares
educativos, com a finalidade de desenvolver a
criatividade e raciocínio lógico.
Mesmo que
o processo ainda esteja em desenvolvimento, com essas oficinas podemos perceber
que a proposta inicial foi alcançada na medida em que conseguimos realizar as atividades
que possam libertar o educando da educação tradicional.
Reflexões processuais sobre as práticas desenvolvidas
Com esta
pesquisa, foi possível uma reflexão sobre as nossas práticas de iniciação a
docência, nos possibilitando uma grande aprendizagem na possibilidade de
podermos mudar a educação tradicional bem como apontando uma formação
qualificada, para o curso de Licenciatura em Pedagogia.
A prática
não reprodutora, reflexiva, inovadora e questionadora, pretende a superação da
educação bancária, podendo assim oferecer uma educação fundada em valores
humanistas, formando seres críticos socias.
Nas aulas
oficinas, procuramos desenvolver o cognitivo do aluno, sendo trabalhado seu
pensamento autônomo, sua opinião crítica, com atividades que os façam, pensar,
refletir, e incentivar a concepção de realidade.
É através
da educação, que podemos começar a mudar o contexto social, mas só com ela, não
se faz a mudança. Segundo as palavras de Paulo Freire, ele traz sua ideia da
responsabilidade que a educação exerce: “Se a educação sozinha não pode
transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda” (FREIRE, 2OOO,
p.67).
Referências
FREIRE,
Paulo. Educação como prática da
Liberdade. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1980.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de
Janeiro; Paz e Terra, 2005.
GIL, Antônio
Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 1989.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da Indignação:
cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
ZAMPAULO, Jamil Rodrigues.
Considerações introdutórias sobre o conceito de metodologia em seu significado
acadêmico. Disponível em:
http://fgh.escoladenegocios.info/revistaalumni/artigos/Artigo_Jamil.pdf
Acesso em: 23 de maio de 2012.
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