PROJETO
PIBID
Relatório das Atividades desenvolvidas
Marilu Silva Nunes Ferreira
Acadêmica bolsista PIBID- Universidade Estadual do
Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete- RS
Malu_snfull@hotmail.com
RESUMO
Este trabalho apresenta o relatório das atividades
desenvolvidas pela bolsista do Projeto PIBID na escola E.M.E.B. Luiza de
Freitas Valle Aranha, situada no bairro Santos Dumont, Alegrete - RS. O projeto
de iniciação à docência visa inserir o estudante universitário nas práticas de
ensino durante sua graduação preparando-o, assim, para o exercício da
profissão. Além disso, proporciona ao acadêmico, vivências no cotidiano da
escola possibilitando uma visão ampla que o futuro profissional terá ao
ingressar no mercado de trabalho demonstrando a experiência adquirida durante o
desenvolvimento do processo da graduação em sua caminhada. A metodologia
utilizada a principio foi à observação em sala de aula para conhecer um pouco
do âmbito de atuação com a intenção de proporcionar aos alunos envolvidos uma
boa margem de conhecimentos elaborados conforme as oficinas pré-determinadas
oferecidas pelo projeto. Os resultados alcançados diagnosticados pela bolsista
foram o aprendizado adquirido, a apreensão diante de novos fatos, em especial a
experiência docente e por meio dessa, a percepção de dificuldades com as quais
os docentes se deparam ao realizarem suas tarefas junto ao corpo discente
quando o aluno apresenta alguma dificuldade ao realizar as atividades propostas
pela disciplina que esta sendo ministrada.
INTRODUÇÃO
O artigo a seguir apresentado é um
relato das atividades desenvolvidas pela acadêmica bolsista PIBID na Escola
Municipal de Educação Básica Luiza de Freitas Valle Aranha, junto à turma do 4º
ano de ensino básico,aplicando oficinas criadas pelo Projeto de Iniciação a
Docência, Projeto de extensão da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Trabalho
esse realizado no segundo semestre de 2012. Na primeira etapa do projeto o
procedimento de inserção ao meio, foi a observação participante e inicio à
prática docente em sala de aula, com o professor regente ministrando sua aula
para a turma. A coleta de dados feita no que foi apresentado nessa aula, a qual
foi dividida em módulos: a entrada, a chamada e exercícios propostos, sobre sinônimos e antônimos.
Na segunda etapa, a bolsista realizou uma
entrevista junto ao professor para identificar possíveis impasses com relação a indisciplina dos
alunos. Dificuldades detectadas tais como falta de interesse, déficit de atenção e de aprendizagem. Foi possivel refletir sobre a maneira de como apresentar os
conteúdos, descobrindo através dessas indagações, formas para desenvolver um bom
trabalho com as crianças, definindo então o melhor jeito de aplicar a proposta
das oficinas do projeto PIBID. A terceira
etapa foi o planejamento das metas a serem alcançadas, dos objetivos a serem
conquistados dando inicio as atividades na escola, junto aos alunos. Com
base nos dados coletados e nas experiências vividas durante o período em que
foram desenvolvidas as práticas pedagógicas, os planos de aulas, os conteúdos e
metodologia utilizados serão expostos neste artigo.
METODOLOGIA
No primeiro encontro foi conversado com os alunos sobre as
propostas de oficinas do Projeto PIBID, as quais teriam uma conotação
diferenciada das aulas habituais com as que já estavam acostumados. Foi
explicado que as mesmas teriam uma forma lúdica de aprendizagem e com isso a
pretensão de um fácil entendimento dos conteúdos a serem aplicados. Os planos
de aula que seriam trabalhados com os alunos foram preparados através de muito
estudo, pesquisas em sites, livros e revistas. A primeira oficina contemplava a
contação de histórias, como a aula aconteceu nas festividades da Semana
Farroupilha e aproveitando o tema, foi usada a lenda gaucha Caverá. Nessa oficina
para haver uma aproximação entre alunos e professora na próxima aula, criou-se o
cartaz da Árvore da Turma, onde o trabalho em grupo, o companheirismo, a
amizade foram conversados. Na oficina de produção textual para corroborar com a
importância da boa convivência em grupo a história contada foi sobre Os Músicos
do Alegrete que contém citações sobre amizade, respeito ao idoso e como é bom
ter amigos.
Nas oficinas Alfabetização Matemática e
desenvolvimento do raciocínio houve momentos de descobertas com a apresentação
do filme História da Matemática e após uma produção textual sobre o que tinham assimilado,
também no raciocínio com o quadrado mágico. Na oficina Sopa de Letrinhas, foram
trabalhados os cinco sentidos, sendo que os alunos foram surpreendidos primeiramente
com a caixa do suspense, que consistia em uma caixa com objetos variados com
texturas diversas. Eles puderam usar o tato para descobrir quais objetos
estavam tocando. Para a percepção do olfato foi usado achocolatado
acondicionado em um recipiente diferente da embalagem original, visto que o
produto é de fácil reconhecimento, como também sentiram o aroma de condimentos,
tipo cravo, canela. Quanto ao paladar degustaram waffer obtendo-se assim noção
do sabor. Na audição houve um momento musical com som, escolhido pela turma.
Quando chegou o momento de
trabalhar o sentido da visão, surpreendi a turma com a burrinha Blue. Momento
de descontração e muita brincadeira na colocação do rabo no burro, com os olhos
vendados a turma interagiu e se divertiu. Na oficina Corpo e movimento
utilizou-se a mímica para o aprendizado e música coreografada que a turma adorou,
na aula seguinte da mesma oficina aproveitando a semana da consciência negra,
os alunos fizeram trabalhos manuais desenvolvendo as bonecas Abayomis. A
oficina Navegando introdução à informática os alunos participaram de um
joguinho online, o qual exigia raciocínio lógico. A próxima aula dessa oficina
foi a de encerramento das atividades na escola com o uso do noot book e o data
show no desenvolvimento da aula com retrospectiva dos conteúdos trabalhados com
a turma.
O processo de aprendizagem da bolsista
O projeto PIBID desenvolvido e
executado na escola Luiza de Freitas Valle Aranha propiciou aos alunos e a
comunidade escolar, como um todo, terem conhecimento da visão lúdica na
aprendizagem, pois, ao apresentarmos para todos e todas, as possibilidades de
um ensino de qualidade usando técnicas de fácil compreensão no ato
ensinar-aprender, visando uma identificação com o objeto estudo e tema, o que
por sua vez vem a justificar a elaboração de metodologias adequadas,
identificando dificuldades e sanando-as. A metodologia lúdica foi aplicada com
sucesso, com resultados comprovados, visto que o projeto foi bem aceito por
todos os envolvidos. Os objetivos pretendidos que eram levar para a escola uma
maneira de ensinar criativa e de qualidade, como também proporcionar aos
bolsistas a oportunidade de praticarem a docência de forma agradável, foram
alcançados. Quando temos alunos motivados querendo desenvolver e aprimorar
competências, e professores criativos, instigantes e éticos; ganha a educação e
a sociedade como um todo.
A
experiência de iniciação a docência foi de extrema importância para a bolsista,
pois possibilitou a esta, vivenciar e executar o projeto no âmbito escolar.
Tendo o privilégio de agregar conhecimentos como professora em processo de
ensino e a de aluna no de aprendizagem com esse conhecimento adquirido. Será um somatório no decorrer da trajetória do
curso de graduação, ao mesmo tempo em que vivenciou novas práticas de ensino
aprendizagem, ensinou o conhecimento que já detém.
Portanto, ao
preparar-nos para exercer uma profissão que exige do indivíduo uma doação quase
que integral do seu tempo e pensamentos, pois o professor carrega seus
trabalhos e preocupações para sua vida particular, essa pratica pedagógica é de
suma importância, pois dela sairá à certeza de continuar no aprendizado e assim
pretender ser um profissional comprometido com uma educação de qualidade.
Oficina Contação de Histórias |
Oficina Contação de Histórias |
Oficina Sopa de Letrinhas - Cinco Sentidos |
Bonecas Abayomis |
Descrição das atividades realizadas |
Oficina Informática |
Maria
Aparecida Fialho Fontanari Martinez
Acadêmica bolsista PIBID-Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete
Acadêmica bolsista PIBID-Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete
“A alegria não chega
apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e
aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.
Paulo Freire
Desfile Semana da Pátria – 2012 – Bolsistas PIBID
|
SETEMBRO
No mês de
setembro tiveram início as atividades propostas pelo PIBID para Alegrete.
Dia 14
deu-se o primeiro contato com a turma, onde foram feitas as observações e tive
a oportunidade de conhecê-los. A professora regente fez as devidas
apresentações. Senti-me muito emocionada pela oportunidade que estava tendo de
poder, mesmo durante o curso, sentir o sabor da docência.
A turma era
composta por 26 alunos, sendo que dentre os mesmos, há dois alunos que fazem
parte da inclusão, um menino e uma menina, que apresentam dificuldades de
aprendizagem.
Dia
19 ocorreu a oficina de Contação de História,
a partir da lenda da Erva Mate, foram realizadas as seguintes atividades:
1) Contação
da lenda da Erva Mate
2) Ilustração
do texto
3) Estudo
do vocabulário
4) Produção
textual
5) Hábitos
e costumes
6) Paralelo
entre o indígena ontem e hoje
OUTUBRO
No dia
04, foi realizado o lançamento oficial do PIBID Alegrete no Salão de Atos Maria
Amorim do IEEOA com a presença da coordenadora institucional do PIBID Dra.
Marta Hoppe, da Vice-Reitora Dra. Sita Mara, coordenadora do projeto Alegrete
Dra. Martha Giudice Narvaz, professora colaboradora Ms. Edilma Lima e Percila
Silveira de Almeida, diretor do IEEOA professor Alair de Oliveira Almeida, a diretora
da Escola Municipal Luiza de Freitas Valle Aranha e as Supervisoras Jussara Vaz
e Graciele Ramos. O evento também contou com a presença de outras autoridades
locais, convidados, alunos da unidade UERGS Alegrete e bolsistas do PIBID.
Lançamento
PIBID – Bolsistas, Supervisoras, Professoras
|
A Oficina Pequenos Escritores de Alegrete foi
realizada nos dias 05 e 11. Abordou-se a obra do escritor alegretense Mário Quintana.
As atividades foram desenvolvidas na seguinte ordem:
1)
Leitura e ilustração dos poemas.
2)
Releitura e ilustração do poema “Cidadezinha”
3)
Confecção de um painel com retratos do poeta
elaborado pelos alunos.
4)
Pesquisa sobre a biografia do autor.
5)
Realização de uma linha do tempo com a
referida pesquisa.
Mural feito pelos alunos na Oficina Pequenos Escritores |
Nos
dias 19 e 26, dentro da proposta voltada para a área da matemática, foi
realizada a Oficina 1, 2, 3. Na
ocasião a professora da sala de aula estava desenvolvendo conteúdos de geometria. Dando prosseguimento
ao que estava sendo trabalhado, foram realizadas as seguintes atividades:
1)
Identificação das formas geométricas utilizando
blocos lógicos.
2)
Construção de figuras utilizando formas geométricas.
3)
Exposição dos trabalhos no saguão da escola.
4)
Cálculos envolvendo medidas.
5)
Exploração do espaço físico da escola para
reconhecimento das formas geométricas (objetos e natureza).
Nos dias
01-09 foi realizada a oficina Sopa
de Letrinhas. Partindo de poemas de Mário Quintana,
ela foi realizada na seguinte ordem:
1)
Distribuição dos poemas selecionados
2)
Leitura e seleção das palavras que iriam ser
trabalhadas
3)
Confecção das cabines para a atividade da
próxima aula: SOLETRANDO
4)
Ensaio para a realização da atividade
proposta
5)
Em um primeiro momento organizamos a sala de
aula
6)
Organização da turma em três equipes
7)
Distribuição de dicionários para pesquisa das
palavras
8)
Sorteio dos alunos para dar início ao
Soletrando
Ao
final de várias rodadas, foi encerrada a oficina, com a entrega de prêmios aos
três primeiros colocados e distribuição de bombons a todas as equipes.
Cabines
confeccionada pelos alunos para a Oficina Sopa de Letrinhas
|
Nos
dias 14 e 23 teve início a Oficina
Corpo e Arte. Em alusão à semana da consciência negra
foram realizadas as seguintes atividades:
1)
Leitura e interpretação da canção “Racismo é
Burrice” (Gabriel o Pensador)
2)
Questionamentos sobre o racismo
3)
Foi proposto realizarmos uma coreografia da música
e em um primeiro momento realizamos um alongamento para o relaxamento do corpo
4)
Orientação e construção dos primeiros passos da
música
5)
Na seguinte aula damos continuidade à realização da
coreografia
Conclusão, ensaio e apresentação da coreografia.
No dia 30
na Oficina Navegando, assistimos ao
filme: Wall-e”.
Em sala
de aula debatemos o filme e a confecção de robôs com material de sucata.
DEZEMBRO
Dando
prosseguimento à oficina Navegando
no dia 05
realizamos as seguintes atividades:
1)
Fotos
individuais das crianças com toca do papai Noel.
2)
Na seguinte aula na sala de informática foi
apresentado às crianças o programa Power Point.
1)
Organização de slides para a festa de encerramento
do ano letivo com as fotos tiradas anteriormente.
2)
Ensaio, com pandeiros, da canção “Boas
Festas” (Simone) para também ser apresentado na festa de encerramento.
No
dia 13 ocorreu a festa de encerramento do ano letivo no IEEOA com apresentação
em telão das crianças e suas produções na Oficina Navegando e Coreografia do
Corpo e Arte,
As atividades do PIBID são complementadas com as
aulas de formação que acontecem semanalmente. Ocorrem relatos dos bolsistas das
atividades desenvolvidas durante a semana, que são as propostas das oficinas.
As orientadoras apresentam textos que devem ser estudados e debatidos. Ocorre
uma orientação no sentido de promover o conhecimento mais profundo a respeito
das oficinas e uma troca de conhecimentos e experiências.
Registro
em fotos de alguns desses momentos:
Preparando
o material para o evento do PIBID em Montenegro
|
Reunião semanal para estudos do
PIBID
|
Participar
do PIBID tem sido de grande valia, tanto do ponto de vista da Pedagogia, que
temos a oportunidade de vivenciar na escola tudo o que aprendemos na teoria, proporcionando
durante a formação da graduação sentirmos de perto o prazer e o encantamento em
atuar em sala de aula e vivenciar o dia a dia nas escolas. Também, do ponto de
vista para a vida enquanto indivíduos participantes de uma sociedade, pois
temos a oportunidade de estar em contato com os mais diversos tipos de pessoas,
cada uma com suas particularidades, onde fortes laços de amizade se formam. Sendo
assim é um aprendizado de vida constante, a todos os momentos. Particularmente,
há também um significado emocional e familiar, pois me possibilitou vivenciar a
escola do ponto de vista da docência, pois esse espaço fez parte da minha vida
durante muitos anos e familiar, pois minha mãe encerrou suas atividades
enquanto professora nesta escola, onde atuou durante muitos anos e era
vice-diretora por ocasião de sua aposentadoria. Como ela não está mais entre
nós, para mim foi extremamente emocionante ter a possibilidade de fazer parte
do cotidiano desta escola, mesmo que por pouco tempo, pois sei que será
necessário haver a troca de escola, o que me entristece, pois os planos junto
com os pais e alunos de fazermos um projeto de cinema neste local terá que ser
adiado, quem sabe para algum dia. Em resumo: para mim a participação no PIBID é
maravilhosa em todos os aspectos.
Sara Regina Soares
Acadêmica bolsista PIBID - Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete
Acadêmica bolsista PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete
Neste breve relato descreverei as
oficinas realizadas, como pibidiana, durante as práticas pedagógicas com uma
turma de 5ª série do Instituto de Educação Osvaldo Aranha na cidade de
Alegrete, durante quatro meses. Relatarei, também, o que foi útil em minhas
práticas, tanto para a turma quanto para minha experiência como futura
pedagoga.
Durante quatro meses foram
desenvolvidas oficinas com uma turma de 28 alunos bastante interessados.
Observei não haver dificuldades de aprendizado, no entanto percebi dificuldade
de relacionamento.
Um dos temas escolhido pelo
projeto (PIBID), ‘’A Mitopoética em Alegrete’’ foi bem aceito pela turma, pois
a cada ‘’causo’’ ou lenda contada despertava a curiosidade da maioria, que
comentou desconhecê-las. Os poucos que conheciam disseram que ouviram de seus pais
ou avós. Trocamos conhecimentos, descobrimos curiosidades, tal como a Lenda do
Caverá. Os alunos comentavam em casa os temas trabalhados em aula e, na aula
seguinte, traziam detalhes e comentários feitos por seus familiares.
Esta foi uma experiência realmente
nova para mim, pois apenas havia tido contato com a educação infantil. Com esta
turma, na faixa etária entre 10 e 12 anos, descobri uma nova relação de trocas
e interações entre professor e alunos, que em momentos me questionavam e em
outros expressavam suas experiências e seus conhecimentos. É muito prazeroso
quando os alunos demonstram interesse, isso significa que nossa presença e
intervenção junto à turma era agradável e de grande aproveitamento para os
mesmos.
Todas as oficinas propostas pelo programa
foram desenvolvidas com tranquilidade, mas o que realmente chamou a atenção
foram as atividades realizadas no laboratório de informática, onde os alunos
mostravam grande curiosidade e muito interesse.
Ao nos despedirmos, no final da
primeira etapa do projeto, comentaram sobre a importância da continuidade de
nossas aulas, pois haviam descoberto muitas coisas novas e interessantes.
Concluí, enquanto pibidiana, que
o projeto nos oportuniza o contato educador e educando, a relação em sala de
aula, como orientar novos conhecimentos e, também, aprender e vivenciar novas
experiências com nossos alunos, pois cada um com o seu jeito peculiar de ser
nos ensina o caminho para chegar a cada um, caminho este que o professor deve
adquirir durante a prática de docência durante sua formação.
Beatriz Gomes
Priscilla Martins
Acadêmicas bolsistas PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete
Resumo: O
presente artigo tem como objetivo relatar como se deram às práticas pedagógicas
de iniciação a docência, realizadas no IEEOA - Instituto Estadual de Educação
Oswaldo Aranha, por duas alunas do curso de Licenciatura Pedagogia, da UERGS -
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade de Alegrete, no segundo
semestre do ano de 2012, como bolsistas do PIBID - Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação a Docência.
Resumo: O
presente artigo tem como objetivo relatar como se deram às práticas pedagógicas
de iniciação a docência, realizadas no IEEOA - Instituto Estadual de Educação
Oswaldo Aranha, por duas alunas do curso de Licenciatura Pedagogia, da UERGS -
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade de Alegrete, no segundo
semestre do ano de 2012, como bolsistas do PIBID - Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação a Docência.
Palavras-Chaves: PIBID, UERGS, Docência, Práticas
pedagógicas.
Introdução
Através das práticas pedagógicas realizadas neste
segundo semestre do ano de 2012, que nos foram proporcionadas pelo PIBID,
tivemos a oportunidade de melhor conhecer o âmbito escolar do IEEOA, por meio
da interação com direção, coordenação, professores e alunos.
O programa nos proporcionou 4 horas semanais para
formação e capacitação das bolsistas junto à orientação e supervisão local, e mais
4 horas semanais de práticas pedagógicas junto as turmas.
Na primeira formação trabalhamos o texto A Escola,
de Ana Book e nos foi pedido uma resenha crítica sobre o mesmo. Já na segunda
formação, fizemos alguns acertos sobre as duplas e escolas e também fomos nos
apresentar nas escolas.
Nas formações seguintes trocávamos informações e
orientações sobre os textos respectivos aos temas de cada oficina e relatávamos
nossas experiências, dificuldades e progressos que estávamos encontrando no
decorrer do projeto.
DAS PRÁTICAS
Uma das alunas realizou suas práticas durante o
período da tarde, em uma turma de 4º ano, com 27 alunos. A professora
mostrou-se bastante receptiva, disponibilizando os conteúdos já trabalhados em aula
anteriormente, para que as atividades propostas pelo programa fossem integradas
ao plano de aula da série da melhor forma possível, para que assim pudéssemos
ter um melhor aproveitamento e rendimentos dos alunos. A mesma proporcionou
também a integração entre a bolsista e a turma mediando às relações iniciais.
Já a segunda bolsista, foi contemplada com uma
turma de 5º ano, pela parte da manhã, com 22 alunos, sendo que desses, um
possuía diagnóstico de hiperatividade e três com problemas familiares graves. A
professora regente mostrou-se um tanto ríspida num primeiro momento devido à
falta de comunicação dentro da escola, entre direção, coordenação e professora.
No entanto, uma vez tudo esclarecido, a mesma mostrou-se muito receptiva,
sempre disposta a contribuir para melhoria dos trabalhos realizados, tanto disponibilizando
seu plano de aula para que pudéssemos relacionar as práticas do PIBID ao
conteúdo trabalhado em aula, como até mesmo contribuindo com dicas baseadas em sua
grande experiência com magistério.
Contamos com doze aulas, sendo seis oficinas abordando temáticas
diferentes. Todas essas referentes à mitopoética, a cultura e as tradições do
Alegrete, como: oficina Era uma Vez, onde utilizamos um texto como base em um
mito local com o objetivo de promover a expressão verbal e corporal, bem como a
discussão e análises que promovessem o processo de ensino-aprendizagem,
enfatizando-se a mitopoética do Alegrete; a oficina Pequenos Escritores de
Alegrete, se propôs trabalhar práticas de leitura e de escrita, nós utilizamos
a história de Mario Quintana e depois construímos livros a partir da produção
textual e ilustração dos alunos; oficina Um, Dois, Três..., com objetivo de
auxiliar o alunado na construção de conceitos matemáticos através de
estratégias metodológicas que envolvem o corpo e o jogo, enfatizando a
ludicidade e buscando superar os mitos relativos às dificuldades da
aprendizagem da matemática. Utilizamos jogos pedagógicos e também catálogos de
lojas para que eles pudessem simular compras; oficina Sopa de Letrinhas buscava
trabalhar a construção da escrita e da leitura através de estratégias
metodológicas e materiais didáticos que potencializassem o prazer de aprender e
a ludicidade na aprendizagem, nesta oficina trabalhamos primeiramente um texto
e logo após verbos, substantivos, adjetivos e dígrafos; oficina Corpo Arte e
Movimento, buscava integrar, através da Arte e do Folclore da Região, a relação
do alunado com a expressão corporal, artística e musical, objetivando o
desenvolvimento integral das crianças, psicomotor, cognitivo e relacional e,
assim, contribuir para o aprendizado de forma geral, trabalhamos diversas
dinâmicas, como: o presente, o emboladão, a caixa mágica, não faça aos outros o
que não deseja para si; oficina Navegando, tinha como finalidade introduzir o
alunado nas tecnologias da informação, desenvolvendo a curiosidade e o espírito
investigativo, bem como ferramentas básicas de comunicação virtual de forma
integrada à aprendizagem do letramento e do numeramento. Assistimos ao filme
wall-e e depois promovemos um debate em aula sobre os prós e os contras do uso
da informática, também utilizamos o laboratório de informática para redigir um
texto e melhor conhecer as ferramentas oferecidas pelo sistema windows.
Conclusão
Concluímos que o PIBID é um programa de bastante importância para a
formação dos acadêmicos dessa área, pois nos permite colocar em prática a
teoria adquirida em sala de aula. Destacamos que nos propiciou valorosas
vivências as quais pudemos adquirir experiências significativas que nos
servirão como base para nossa longa trajetória na área da educação.
Contudo, notamos certo desinteresse da escola pelo programa, não nos
referimos às professoras regentes das turmas contempladas, nem mesmo a
supervisora local, mas sim o descaso pela parte da direção e coordenação
pedagógica. Encontramos, também, dificuldades para utilizar recursos materiais e
espaços da escola, como: data show, biblioteca, laboratório de informática.
Sendo que, no turno da manhã foi enfrentamos dificuldade para fazer uso da
pracinha, pois a mesma é trancada com cadeados para que as crianças entrem.
No entanto, apesar das dificuldades encontradas, pudemos concluir que nossa
estada na escola foi de grande valia tanto pra nós, bolsistas, como para os
alunos, que não só contribuíram de forma positiva. Essa interação fez com que
as crianças acabassem se sentindo valorizadas, motivadas e interessadas nas
atividades propostas que muitas vezes eram inovadoras tornando-se um
diferencial no âmbito escolar.
MAURI DE ABREU SEVERO
Acadêmico bolsista PIBID -
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia -
Alegrete
APRENDENDO COM O PIBID
Oportunidades
sempre surgem em nossas vidas, algumas que podem dar início ao nosso processo
de conhecimento da área de nossa futura profissão, e nesse caso o PIBID exerce
uma função bastante positiva e considerável.
O
Programa Institucional de Bolsas de Estudos de Iniciação à Docência é a forma
de promover o universitário em sua aproximação da teoria com a prática. Durante
quatro meses com aulas em um dia da semana, os “pibidianos”, universitários da
UERGS Alegrete, assim como eu, pudemos ter a noção de como melhor agir no meio
escolar. Ao longo desses meses a visão da teoria X prática foi bastante
discutida e aprimorada, pois a necessidade de haver uma união estável entre
ambas é fundamental.
Para
um relato pessoal do que vivenciei, pude constatar muitos aprendizados,
dificuldades e métodos simples e básicos para que uma aula se desenvolva. Nunca
havia tido a oportunidade de dirigir, de maneira autônoma, uma sala de aula,
ainda mais com crianças que estão apenas iniciando os primeiros passos na
alfabetização. O começo foi dificultoso pelo fato do pouco tato com as atenções
necessárias de alguns alunos com problemas de aprendizagem, o que provocava certo
receio, de minha parte, de não poder continuar no projeto. Com o passar dos
meses, o receio inicial cedeu espaço a vontade de continuar trabalhando com os
pequenos alunos e aprendendo junto a eles, também.
O
trabalho consistiu em oficinas com determinados temas para serem aplicados aos
alunos. Estas foram, além da observação inicial, as da Mitopoética do Alegrete,
Matemática, Sopa de Letrinhas, Educação e Arte e Navegando: Introdução à
Informática, que foram bem recebidas pelos alunos, pois também serviram para
auxiliar no seu processo de ensino-aprendizagem. Destaque para as oficinas de
Matemática e Expressão corporal, justamente porque serviram como grande
incentivo para o conhecimento e entretenimento da classe. A oficina Navegando:
Introdução â Informática poderia ter se estendido por mais tempo, na opinião
dos alunos da classe, já que pretendem usar mais o computador no
desenvolvimento de suas atividades.
A
satisfação de fazer parte do grupo PIBID é um estímulo a mais para a interação
no curso de Pedagogia e para realmente pensar na prática que iremos adotar em
nossa futura trajetória como pedagogos. Muitas e novas experiências ainda
teremos pela frente no PIBID, e essa vontade de aprender e se dedicar em nossos
propósitos é que irá fazer a diferença, como bolsistas do projeto no presente e
educadores do amanhã.
Ana Valéria da Silva Giordano Reck
Elene Giordano Reck
Acadêmicas bolsistas PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande
do Sul
Licenciatura em Pedagogia- Alegrete- RS
valeriareck@hotmail.com
elene_reck@hotmail.com
RESUMO
Este artigo visa
apresentar as atividades desenvolvidas pelas acadêmicas do curso Licenciatura
em Pedagogia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). As
bolsistas trabalharam durante quatro meses no Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação a Docência (PIBID) que foi desenvolvido no Instituto Estadual de
Educação Oswaldo Aranha na cidade de Alegrete. O programa visa inserir os
alunos dos cursos de licenciatura em escolas da rede pública, e, com isso,
proporcionar experiências didático-pedagógicas e incentivar a formação de
docentes, além de articular a teoria adquirida na Universidade com as práticas
vivenciadas na escola.
PALAVRAS-CHAVE – escola, prática, docência, teoria,
vivências.
INTRODUÇÃO
Neste artigo faremos um relato das atividades
desenvolvidas na Escola Oswaldo Aranha, realizadas através de oficinas
temáticas ao longo de quatro meses. A turma onde foi desenvolvido o programa,
um 5º ano do Ensino Fundamental, composta por 25 alunos e a única de Ensino
Fundamental que funcionava na escola no turno da manhã. As intervenções
aconteciam uma vez por semana com duração de quatro horas. No primeiro momento
foram realizadas observações do espaço escolar, sala de aula e das relações
nestes ambientes, para depois serem iniciadas as práticas pedagógicas.
O resultado foi satisfatório tanto para as bolsistas, no
que diz respeito à experiência docente, quanto para os alunos, que participaram
com interesse e entusiasmo nas oficinas ofertadas.
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
As práticas se iniciaram no mês de setembro e o primeiro contato foi através de uma visita na escola contando com a participação das acadêmicas, da professora colaboradora do programa e da equipe diretiva. Neste dia as acadêmicas foram apresentadas e oficialmente dado o início aos trabalhos.
As práticas se iniciaram no mês de setembro e o primeiro contato foi através de uma visita na escola contando com a participação das acadêmicas, da professora colaboradora do programa e da equipe diretiva. Neste dia as acadêmicas foram apresentadas e oficialmente dado o início aos trabalhos.
O primeiro contato com a turma foi no dia 13 de setembro
e serviu como momento de ambientação das acadêmicas através da observação da
turma, da metodologia e dos recursos utilizados pela professora regente. Também
foi observada a rotina, os horários, os combinados da classe e, além disso, as
estratégias que a equipe diretiva utilizava para organizar o cotidiano escolar,
como o horário do recreio, da merenda, agendamento de equipamentos, salas de
vídeo, sala de atos, entre outros.
No
dia 27 se deu a continuidade à observação na turma. As aulas acontecem no turno
da manhã na Escola Oswaldo Aranha das 08h00min as 12h00min. A professora
regente leciona na escola há cerca de 20 anos. A turma é considerada grande em
número, contudo é constituída por crianças participativas, que se envolveram
bastante durante as atividades propostas nas oficinas. Neste dia, a professora
destinou um tempo de sua aula para conversar com as bolsistas do programa para
dar algumas informações sobre os pontos fortes e fracos da turma e contar como
tem sido o trabalho que ela vem realizando.
Recolhendo materiais no pátio da escola |
No dia
18 iniciamos a oficina “Pequenos Escritores do Alegrete” onde, em um primeiro
momento, na roda de conversa, foi trabalhada a primeira atividade do dia. Tratava-se
de uma charada e o objetivo era de que os alunos descobrissem de que
personalidade se estava falando. Pistas foram sendo dadas a respeito de um
importante poeta alegretense, Mário Quintana. Os alunos demonstraram muito
interesse e empolgação desde o início da apresentação dos slides até o fim da atividade, quando foi desvendado o mistério.
Em um segundo momento foram distribuídas poesias de Mário Quintana e os alunos divididos
em três grupos, os quais foram direcionados a fazer pequenas produções textuais
(livrinhos) e ilustrações das poesias, que mais tarde foram compartilhados com
os colegas. Os alunos ficaram excitados com a apresentação de slides e fizeram diversas especulações sobre
quem era a personalidade a ser descoberta.
Produção textual- Oficina “Era uma vez...” |