domingo, 30 de dezembro de 2012

Relatórios das Práticas Realizadas pelos Bolsistas 2012/2


PROJETO PIBID

Relatório das Atividades desenvolvidas

Marilu Silva Nunes Ferreira
Acadêmica bolsista PIBID- Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete- RS
Malu_snfull@hotmail.com



RESUMO 
      Este trabalho apresenta o relatório das atividades desenvolvidas pela bolsista do Projeto PIBID na escola E.M.E.B. Luiza de Freitas Valle Aranha, situada no bairro Santos Dumont, Alegrete - RS. O projeto de iniciação à docência visa inserir o estudante universitário nas práticas de ensino durante sua graduação preparando-o, assim, para o exercício da profissão. Além disso, proporciona ao acadêmico, vivências no cotidiano da escola possibilitando uma visão ampla que o futuro profissional terá ao ingressar no mercado de trabalho demonstrando a experiência adquirida durante o desenvolvimento do processo da graduação em sua caminhada. A metodologia utilizada a principio foi à observação em sala de aula para conhecer um pouco do âmbito de atuação com a intenção de proporcionar aos alunos envolvidos uma boa margem de conhecimentos elaborados conforme as oficinas pré-determinadas oferecidas pelo projeto. Os resultados alcançados diagnosticados pela bolsista foram o aprendizado adquirido, a apreensão diante de novos fatos, em especial a experiência docente e por meio dessa, a percepção de dificuldades com as quais os docentes se deparam ao realizarem suas tarefas junto ao corpo discente quando o aluno apresenta alguma dificuldade ao realizar as atividades propostas pela disciplina que esta sendo ministrada.

INTRODUÇÃO
O artigo a seguir apresentado é um relato das atividades desenvolvidas pela acadêmica bolsista PIBID na Escola Municipal de Educação Básica Luiza de Freitas Valle Aranha, junto à turma do 4º ano de ensino básico,aplicando oficinas criadas pelo Projeto de Iniciação a Docência, Projeto de extensão da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Trabalho esse realizado no segundo semestre de 2012. Na primeira etapa do projeto o procedimento de inserção ao meio, foi a observação participante e inicio à prática docente em sala de aula, com o professor regente ministrando sua aula para a turma. A coleta de dados feita no que foi apresentado nessa aula, a qual foi dividida em módulos: a entrada, a chamada e exercícios propostos, sobre sinônimos e antônimos.
 Na segunda etapa, a bolsista realizou uma entrevista junto ao professor para identificar possíveis impasses com relação a indisciplina dos alunos. Dificuldades detectadas tais como falta de interesse, déficit de atenção e de aprendizagem. Foi possivel  refletir sobre a maneira de como apresentar os conteúdos, descobrindo através dessas indagações, formas para desenvolver um bom trabalho com as crianças, definindo então o melhor jeito de aplicar a proposta das oficinas do projeto PIBID.  A terceira etapa foi o planejamento das metas a serem alcançadas, dos objetivos a serem conquistados dando inicio as atividades na escola, junto aos alunos. Com base nos dados coletados e nas experiências vividas durante o período em que foram desenvolvidas as práticas pedagógicas, os planos de aulas, os conteúdos e metodologia utilizados serão expostos neste artigo.

METODOLOGIA
No primeiro encontro foi conversado com os alunos sobre as propostas de oficinas do Projeto PIBID, as quais teriam uma conotação diferenciada das aulas habituais com as que já estavam acostumados. Foi explicado que as mesmas teriam uma forma lúdica de aprendizagem e com isso a pretensão de um fácil entendimento dos conteúdos a serem aplicados. Os planos de aula que seriam trabalhados com os alunos foram preparados através de muito estudo, pesquisas em sites, livros e revistas. A primeira oficina contemplava a contação de histórias, como a aula aconteceu nas festividades da Semana Farroupilha e aproveitando o tema, foi usada a lenda gaucha Caverá. Nessa oficina para haver uma aproximação entre alunos e professora na próxima aula, criou-se o cartaz da Árvore da Turma, onde o trabalho em grupo, o companheirismo, a amizade foram conversados. Na oficina de produção textual para corroborar com a importância da boa convivência em grupo a história contada foi sobre Os Músicos do Alegrete que contém citações sobre amizade, respeito ao idoso e como é bom ter amigos.
 Nas oficinas Alfabetização Matemática e desenvolvimento do raciocínio houve momentos de descobertas com a apresentação do filme História da Matemática e após uma produção textual sobre o que tinham assimilado, também no raciocínio com o quadrado mágico. Na oficina Sopa de Letrinhas, foram trabalhados os cinco sentidos, sendo que os alunos foram surpreendidos primeiramente com a caixa do suspense, que consistia em uma caixa com objetos variados com texturas diversas. Eles puderam usar o tato para descobrir quais objetos estavam tocando. Para a percepção do olfato foi usado achocolatado acondicionado em um recipiente diferente da embalagem original, visto que o produto é de fácil reconhecimento, como também sentiram o aroma de condimentos, tipo cravo, canela. Quanto ao paladar degustaram waffer obtendo-se assim noção do sabor. Na audição houve um momento musical com som, escolhido pela turma.
Quando chegou o momento de trabalhar o sentido da visão, surpreendi a turma com a burrinha Blue. Momento de descontração e muita brincadeira na colocação do rabo no burro, com os olhos vendados a turma interagiu e se divertiu. Na oficina Corpo e movimento utilizou-se a mímica para o aprendizado e música coreografada que a turma adorou, na aula seguinte da mesma oficina aproveitando a semana da consciência negra, os alunos fizeram trabalhos manuais desenvolvendo as bonecas Abayomis. A oficina Navegando introdução à informática os alunos participaram de um joguinho online, o qual exigia raciocínio lógico. A próxima aula dessa oficina foi a de encerramento das atividades na escola com o uso do noot book e o data show no desenvolvimento da aula com retrospectiva dos conteúdos trabalhados com a turma.

 O processo de aprendizagem da bolsista
O projeto PIBID desenvolvido e executado na escola Luiza de Freitas Valle Aranha propiciou aos alunos e a comunidade escolar, como um todo, terem conhecimento da visão lúdica na aprendizagem, pois, ao apresentarmos para todos e todas, as possibilidades de um ensino de qualidade usando técnicas de fácil compreensão no ato ensinar-aprender, visando uma identificação com o objeto estudo e tema, o que por sua vez vem a justificar a elaboração de metodologias adequadas, identificando dificuldades e sanando-as. A metodologia lúdica foi aplicada com sucesso, com resultados comprovados, visto que o projeto foi bem aceito por todos os envolvidos. Os objetivos pretendidos que eram levar para a escola uma maneira de ensinar criativa e de qualidade, como também proporcionar aos bolsistas a oportunidade de praticarem a docência de forma agradável, foram alcançados. Quando temos alunos motivados querendo desenvolver e aprimorar competências, e professores criativos, instigantes e éticos; ganha a educação e a sociedade como um todo.
            A experiência de iniciação a docência foi de extrema importância para a bolsista, pois possibilitou a esta, vivenciar e executar o projeto no âmbito escolar. Tendo o privilégio de agregar conhecimentos como professora em processo de ensino e a de aluna no de aprendizagem com esse conhecimento adquirido.  Será um somatório no decorrer da trajetória do curso de graduação, ao mesmo tempo em que vivenciou novas práticas de ensino aprendizagem, ensinou o conhecimento que já detém.
         Portanto, ao preparar-nos para exercer uma profissão que exige do indivíduo uma doação quase que integral do seu tempo e pensamentos, pois o professor carrega seus trabalhos e preocupações para sua vida particular, essa pratica pedagógica é de suma importância, pois dela sairá à certeza de continuar no aprendizado e assim pretender ser um profissional comprometido com uma educação de qualidade.




Oficina Contação de Histórias

Oficina Contação de Histórias

Oficina Sopa de Letrinhas - Cinco Sentidos

Bonecas Abayomis

Descrição das atividades realizadas


Oficina Informática

Maria Aparecida Fialho Fontanari Martinez
Acadêmica bolsista PIBID-Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.
Paulo Freire

Desfile Semana da Pátria – 2012 – Bolsistas PIBID
SETEMBRO
No mês de setembro tiveram início as atividades propostas pelo PIBID para Alegrete.
Dia 14 deu-se o primeiro contato com a turma, onde foram feitas as observações e tive a oportunidade de conhecê-los. A professora regente fez as devidas apresentações. Senti-me muito emocionada pela oportunidade que estava tendo de poder, mesmo durante o curso, sentir o sabor da docência.
A turma era composta por 26 alunos, sendo que dentre os mesmos, há dois alunos que fazem parte da inclusão, um menino e uma menina, que apresentam dificuldades de aprendizagem.
Dia 19 ocorreu a oficina de Contação de História, a partir da lenda da Erva Mate, foram realizadas as seguintes atividades:
1)  Contação da lenda da Erva Mate
2)  Ilustração do texto
3)  Estudo do vocabulário
4)  Produção textual
5)  Hábitos e costumes
6)  Paralelo entre o indígena ontem e hoje

OUTUBRO
No dia 04, foi realizado o lançamento oficial do PIBID Alegrete no Salão de Atos Maria Amorim do IEEOA com a presença da coordenadora institucional do PIBID Dra. Marta Hoppe, da Vice-Reitora Dra. Sita Mara, coordenadora do projeto Alegrete Dra. Martha Giudice Narvaz, professora colaboradora Ms. Edilma Lima e Percila Silveira de Almeida, diretor do IEEOA professor Alair de Oliveira Almeida, a diretora da Escola Municipal Luiza de Freitas Valle Aranha e as Supervisoras Jussara Vaz e Graciele Ramos. O evento também contou com a presença de outras autoridades locais, convidados, alunos da unidade UERGS Alegrete e bolsistas do PIBID.

Lançamento PIBID – Bolsistas, Supervisoras, Professoras
A Oficina Pequenos Escritores de Alegrete foi realizada nos dias 05 e 11. Abordou-se a obra do escritor alegretense Mário Quintana. As atividades foram desenvolvidas na seguinte ordem:
1)        Leitura e ilustração dos poemas.
2)        Releitura e ilustração do poema “Cidadezinha”
3)        Confecção de um painel com retratos do poeta elaborado pelos alunos.
4)        Pesquisa sobre a biografia do autor.
5)        Realização de uma linha do tempo com a referida pesquisa.

Mural feito pelos alunos na Oficina Pequenos Escritores
Nos dias 19 e 26, dentro da proposta voltada para a área da matemática, foi realizada a Oficina 1, 2, 3. Na ocasião a professora da sala de aula estava desenvolvendo conteúdos de geometria. Dando prosseguimento ao que estava sendo trabalhado, foram realizadas as seguintes atividades:
1)        Identificação das formas geométricas utilizando blocos lógicos.
2)        Construção de figuras utilizando formas geométricas.
3)        Exposição dos trabalhos no saguão da escola.
4)        Cálculos envolvendo medidas.
5)        Exploração do espaço físico da escola para reconhecimento das formas geométricas (objetos e natureza).

Mural elaborado pelos alunos na Oficina 1, 2, 3
NOVEMBRO
Nos dias 01-09 foi realizada a oficina Sopa de Letrinhas. Partindo de poemas de Mário Quintana, ela foi realizada na seguinte ordem:
1)        Distribuição dos poemas selecionados
2)        Leitura e seleção das palavras que iriam ser trabalhadas
3)        Confecção das cabines para a atividade da próxima aula: SOLETRANDO
4)        Ensaio para a realização da atividade proposta
5)        Em um primeiro momento organizamos a sala de aula
6)        Organização da turma em três equipes
7)        Distribuição de dicionários para pesquisa das palavras
8)        Sorteio dos alunos para dar início ao Soletrando
Ao final de várias rodadas, foi encerrada a oficina, com a entrega de prêmios aos três primeiros colocados e distribuição de bombons a todas as equipes.

Cabines confeccionada pelos alunos para a Oficina Sopa de Letrinhas
Nos dias 14 e 23 teve início a Oficina Corpo e Arte. Em alusão à semana da consciência negra foram realizadas as seguintes atividades:
1)        Leitura e interpretação da canção “Racismo é Burrice” (Gabriel o Pensador)
2)        Questionamentos sobre o racismo
3)        Foi proposto realizarmos uma coreografia da música e em um primeiro momento realizamos um alongamento para o relaxamento do corpo
4)        Orientação e construção dos primeiros passos da música
5)        Na seguinte aula damos continuidade à realização da coreografia
Conclusão, ensaio e apresentação da coreografia.
No dia 30 na Oficina Navegando, assistimos ao filme: Wall-e”.
Em sala de aula debatemos o filme e a confecção de robôs com material de sucata.


 DEZEMBRO
Dando prosseguimento à oficina Navegando no dia 05 realizamos as seguintes atividades:
1)       Fotos individuais das crianças com toca do papai Noel.
2)        Na seguinte aula na sala de informática foi apresentado às crianças o programa Power Point.
1)        Organização de slides para a festa de encerramento do ano letivo com as fotos tiradas anteriormente.
2)        Ensaio, com pandeiros, da canção “Boas Festas” (Simone) para também ser apresentado na festa de encerramento.
No dia 13 ocorreu a festa de encerramento do ano letivo no IEEOA com apresentação em telão das crianças e suas produções na Oficina Navegando e Coreografia do Corpo e Arte,
As atividades do PIBID são complementadas com as aulas de formação que acontecem semanalmente. Ocorrem relatos dos bolsistas das atividades desenvolvidas durante a semana, que são as propostas das oficinas. As orientadoras apresentam textos que devem ser estudados e debatidos. Ocorre uma orientação no sentido de promover o conhecimento mais profundo a respeito das oficinas e uma troca de conhecimentos e experiências.
Registro em fotos de alguns desses momentos:
Preparando o material para o evento do PIBID em Montenegro
Reunião semanal para estudos do PIBID
          Participar do PIBID tem sido de grande valia, tanto do ponto de vista da Pedagogia, que temos a oportunidade de vivenciar na escola tudo o que aprendemos na teoria, proporcionando durante a formação da graduação sentirmos de perto o prazer e o encantamento em atuar em sala de aula e vivenciar o dia a dia nas escolas. Também, do ponto de vista para a vida enquanto indivíduos participantes de uma sociedade, pois temos a oportunidade de estar em contato com os mais diversos tipos de pessoas, cada uma com suas particularidades, onde fortes laços de amizade se formam. Sendo assim é um aprendizado de vida constante, a todos os momentos. Particularmente, há também um significado emocional e familiar, pois me possibilitou vivenciar a escola do ponto de vista da docência, pois esse espaço fez parte da minha vida durante muitos anos e familiar, pois minha mãe encerrou suas atividades enquanto professora nesta escola, onde atuou durante muitos anos e era vice-diretora por ocasião de sua aposentadoria. Como ela não está mais entre nós, para mim foi extremamente emocionante ter a possibilidade de fazer parte do cotidiano desta escola, mesmo que por pouco tempo, pois sei que será necessário haver a troca de escola, o que me entristece, pois os planos junto com os pais e alunos de fazermos um projeto de cinema neste local terá que ser adiado, quem sabe para algum dia. Em resumo: para mim a participação no PIBID é maravilhosa em todos os aspectos.



Sara Regina Soares
Acadêmica bolsista PIBID -  Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete

   
Neste breve relato descreverei as oficinas realizadas, como pibidiana, durante as práticas pedagógicas com uma turma de 5ª série do Instituto de Educação Osvaldo Aranha na cidade de Alegrete, durante quatro meses. Relatarei, também, o que foi útil em minhas práticas, tanto para a turma quanto para minha experiência como futura pedagoga.
Durante quatro meses foram desenvolvidas oficinas com uma turma de 28 alunos bastante interessados. Observei não haver dificuldades de aprendizado, no entanto percebi dificuldade de relacionamento.
Um dos temas escolhido pelo projeto (PIBID), ‘’A Mitopoética em Alegrete’’ foi bem aceito pela turma, pois a cada ‘’causo’’ ou lenda contada despertava a curiosidade da maioria, que comentou desconhecê-las. Os poucos que conheciam disseram que ouviram de seus pais ou avós. Trocamos conhecimentos, descobrimos curiosidades, tal como a Lenda do Caverá. Os alunos comentavam em casa os temas trabalhados em aula e, na aula seguinte, traziam detalhes e comentários feitos por seus familiares.
Esta foi uma experiência realmente nova para mim, pois apenas havia tido contato com a educação infantil. Com esta turma, na faixa etária entre 10 e 12 anos, descobri uma nova relação de trocas e interações entre professor e alunos, que em momentos me questionavam e em outros expressavam suas experiências e seus conhecimentos. É muito prazeroso quando os alunos demonstram interesse, isso significa que nossa presença e intervenção junto à turma era agradável e de grande aproveitamento para os mesmos.
Todas as oficinas propostas pelo programa foram desenvolvidas com tranquilidade, mas o que realmente chamou a atenção foram as atividades realizadas no laboratório de informática, onde os alunos mostravam grande curiosidade e muito interesse.
Ao nos despedirmos, no final da primeira etapa do projeto, comentaram sobre a importância da continuidade de nossas aulas, pois haviam descoberto muitas coisas novas e interessantes.
Concluí, enquanto pibidiana, que o projeto nos oportuniza o contato educador e educando, a relação em sala de aula, como orientar novos conhecimentos e, também, aprender e vivenciar novas experiências com nossos alunos, pois cada um com o seu jeito peculiar de ser nos ensina o caminho para chegar a cada um, caminho este que o professor deve adquirir durante a prática de docência durante sua formação.                                                                             


Beatriz Gomes
Priscilla Martins
Acadêmicas bolsistas PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia- Alegrete

Resumo: O presente artigo tem como objetivo relatar como se deram às práticas pedagógicas de iniciação a docência, realizadas no IEEOA - Instituto Estadual de Educação Oswaldo Aranha, por duas alunas do curso de Licenciatura Pedagogia, da UERGS - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade de Alegrete, no segundo semestre do ano de 2012, como bolsistas do PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência.

Palavras-Chaves: PIBID, UERGS, Docência, Práticas pedagógicas.

Introdução
 Através das práticas pedagógicas realizadas neste segundo semestre do ano de 2012, que nos foram proporcionadas pelo PIBID, tivemos a oportunidade de melhor conhecer o âmbito escolar do IEEOA, por meio da interação com direção, coordenação, professores e alunos.
O programa nos proporcionou 4 horas semanais para formação e capacitação das bolsistas junto à orientação e supervisão local, e mais 4 horas semanais de práticas pedagógicas junto as turmas.
 Na primeira formação trabalhamos o texto A Escola, de Ana Book e nos foi pedido uma resenha crítica sobre o mesmo. Já na segunda formação, fizemos alguns acertos sobre as duplas e escolas e também fomos nos apresentar nas escolas.
Nas formações seguintes trocávamos informações e orientações sobre os textos respectivos aos temas de cada oficina e relatávamos nossas experiências, dificuldades e progressos que estávamos encontrando no decorrer do projeto.

DAS PRÁTICAS
 Uma das alunas realizou suas práticas durante o período da tarde, em uma turma de 4º ano, com 27 alunos. A professora mostrou-se bastante receptiva, disponibilizando os conteúdos já trabalhados em aula anteriormente, para que as atividades propostas pelo programa fossem integradas ao plano de aula da série da melhor forma possível, para que assim pudéssemos ter um melhor aproveitamento e rendimentos dos alunos. A mesma proporcionou também a integração entre a bolsista e a turma mediando às relações iniciais.
Já a segunda bolsista, foi contemplada com uma turma de 5º ano, pela parte da manhã, com 22 alunos, sendo que desses, um possuía diagnóstico de hiperatividade e três com problemas familiares graves. A professora regente mostrou-se um tanto ríspida num primeiro momento devido à falta de comunicação dentro da escola, entre direção, coordenação e professora. No entanto, uma vez tudo esclarecido, a mesma mostrou-se muito receptiva, sempre disposta a contribuir para melhoria dos trabalhos realizados, tanto disponibilizando seu plano de aula para que pudéssemos relacionar as práticas do PIBID ao conteúdo trabalhado em aula, como até mesmo contribuindo com dicas baseadas em sua grande experiência com magistério.
Contamos com doze aulas, sendo seis oficinas abordando temáticas diferentes. Todas essas referentes à mitopoética, a cultura e as tradições do Alegrete, como: oficina Era uma Vez, onde utilizamos um texto como base em um mito local com o objetivo de promover a expressão verbal e corporal, bem como a discussão e análises que promovessem o processo de ensino-aprendizagem, enfatizando-se a mitopoética do Alegrete; a oficina Pequenos Escritores de Alegrete, se propôs trabalhar práticas de leitura e de escrita, nós utilizamos a história de Mario Quintana e depois construímos livros a partir da produção textual e ilustração dos alunos; oficina Um, Dois, Três..., com objetivo de auxiliar o alunado na construção de conceitos matemáticos através de estratégias metodológicas que envolvem o corpo e o jogo, enfatizando a ludicidade e buscando superar os mitos relativos às dificuldades da aprendizagem da matemática. Utilizamos jogos pedagógicos e também catálogos de lojas para que eles pudessem simular compras; oficina Sopa de Letrinhas buscava trabalhar a construção da escrita e da leitura através de estratégias metodológicas e materiais didáticos que potencializassem o prazer de aprender e a ludicidade na aprendizagem, nesta oficina trabalhamos primeiramente um texto e logo após verbos, substantivos, adjetivos e dígrafos; oficina Corpo Arte e Movimento, buscava integrar, através da Arte e do Folclore da Região, a relação do alunado com a expressão corporal, artística e musical, objetivando o desenvolvimento integral das crianças, psicomotor, cognitivo e relacional e, assim, contribuir para o aprendizado de forma geral, trabalhamos diversas dinâmicas, como: o presente, o emboladão, a caixa mágica, não faça aos outros o que não deseja para si; oficina Navegando, tinha como finalidade introduzir o alunado nas tecnologias da informação, desenvolvendo a curiosidade e o espírito investigativo, bem como ferramentas básicas de comunicação virtual de forma integrada à aprendizagem do letramento e do numeramento. Assistimos ao filme wall-e e depois promovemos um debate em aula sobre os prós e os contras do uso da informática, também utilizamos o laboratório de informática para redigir um texto e melhor conhecer as ferramentas oferecidas pelo sistema windows.


  Conclusão
 Concluímos que o PIBID é um programa de bastante importância para a formação dos acadêmicos dessa área, pois nos permite colocar em prática a teoria adquirida em sala de aula. Destacamos que nos propiciou valorosas vivências as quais pudemos adquirir experiências significativas que nos servirão como base para nossa longa trajetória na área da educação.
Contudo, notamos certo desinteresse da escola pelo programa, não nos referimos às professoras regentes das turmas contempladas, nem mesmo a supervisora local, mas sim o descaso pela parte da direção e coordenação pedagógica. Encontramos, também, dificuldades para utilizar recursos materiais e espaços da escola, como: data show, biblioteca, laboratório de informática. Sendo que, no turno da manhã foi enfrentamos dificuldade para fazer uso da pracinha, pois a mesma é trancada com cadeados para que as crianças entrem.
No entanto, apesar das dificuldades encontradas, pudemos concluir que nossa estada na escola foi de grande valia tanto pra nós, bolsistas, como para os alunos, que não só contribuíram de forma positiva. Essa interação fez com que as crianças acabassem se sentindo valorizadas, motivadas e interessadas nas atividades propostas que muitas vezes eram inovadoras tornando-se um diferencial no âmbito escolar.


MAURI DE ABREU SEVERO
Acadêmico bolsista PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura Pedagogia - Alegrete


APRENDENDO COM O PIBID



Oportunidades sempre surgem em nossas vidas, algumas que podem dar início ao nosso processo de conhecimento da área de nossa futura profissão, e nesse caso o PIBID exerce uma função bastante positiva e considerável.

O Programa Institucional de Bolsas de Estudos de Iniciação à Docência é a forma de promover o universitário em sua aproximação da teoria com a prática. Durante quatro meses com aulas em um dia da semana, os “pibidianos”, universitários da UERGS Alegrete, assim como eu, pudemos ter a noção de como melhor agir no meio escolar. Ao longo desses meses a visão da teoria X prática foi bastante discutida e aprimorada, pois a necessidade de haver uma união estável entre ambas é fundamental.

Para um relato pessoal do que vivenciei, pude constatar muitos aprendizados, dificuldades e métodos simples e básicos para que uma aula se desenvolva. Nunca havia tido a oportunidade de dirigir, de maneira autônoma, uma sala de aula, ainda mais com crianças que estão apenas iniciando os primeiros passos na alfabetização. O começo foi dificultoso pelo fato do pouco tato com as atenções necessárias de alguns alunos com problemas de aprendizagem, o que provocava certo receio, de minha parte, de não poder continuar no projeto. Com o passar dos meses, o receio inicial cedeu espaço a vontade de continuar trabalhando com os pequenos alunos e aprendendo junto a eles, também.

O trabalho consistiu em oficinas com determinados temas para serem aplicados aos alunos. Estas foram, além da observação inicial, as da Mitopoética do Alegrete, Matemática, Sopa de Letrinhas, Educação e Arte e Navegando: Introdução à Informática, que foram bem recebidas pelos alunos, pois também serviram para auxiliar no seu processo de ensino-aprendizagem. Destaque para as oficinas de Matemática e Expressão corporal, justamente porque serviram como grande incentivo para o conhecimento e entretenimento da classe. A oficina Navegando: Introdução â Informática poderia ter se estendido por mais tempo, na opinião dos alunos da classe, já que pretendem usar mais o computador no desenvolvimento de suas atividades.

A satisfação de fazer parte do grupo PIBID é um estímulo a mais para a interação no curso de Pedagogia e para realmente pensar na prática que iremos adotar em nossa futura trajetória como pedagogos. Muitas e novas experiências ainda teremos pela frente no PIBID, e essa vontade de aprender e se dedicar em nossos propósitos é que irá fazer a diferença, como bolsistas do projeto no presente e educadores do amanhã.



Ana Valéria da Silva Giordano Reck
Elene Giordano Reck
Acadêmicas bolsistas PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura em Pedagogia- Alegrete- RS
valeriareck@hotmail.com
elene_reck@hotmail.com

RESUMO 
Este artigo visa apresentar as atividades desenvolvidas pelas acadêmicas do curso Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). As bolsistas trabalharam durante quatro meses no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) que foi desenvolvido no Instituto Estadual de Educação Oswaldo Aranha na cidade de Alegrete. O programa visa inserir os alunos dos cursos de licenciatura em escolas da rede pública, e, com isso, proporcionar experiências didático-pedagógicas e incentivar a formação de docentes, além de articular a teoria adquirida na Universidade com as práticas vivenciadas na escola.
PALAVRAS-CHAVE – escola, prática, docência, teoria, vivências.

INTRODUÇÃO 
Neste artigo faremos um relato das atividades desenvolvidas na Escola Oswaldo Aranha, realizadas através de oficinas temáticas ao longo de quatro meses. A turma onde foi desenvolvido o programa, um 5º ano do Ensino Fundamental, composta por 25 alunos e a única de Ensino Fundamental que funcionava na escola no turno da manhã. As intervenções aconteciam uma vez por semana com duração de quatro horas. No primeiro momento foram realizadas observações do espaço escolar, sala de aula e das relações nestes ambientes, para depois serem iniciadas as práticas pedagógicas. 
O resultado foi satisfatório tanto para as bolsistas, no que diz respeito à experiência docente, quanto para os alunos, que participaram com interesse e entusiasmo nas oficinas ofertadas.

DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
As práticas se iniciaram no mês de setembro e o primeiro contato foi através de uma visita na escola contando com a participação das acadêmicas, da professora colaboradora do programa e da equipe diretiva. Neste dia as acadêmicas foram apresentadas e oficialmente dado o início aos trabalhos. 
O primeiro contato com a turma foi no dia 13 de setembro e serviu como momento de ambientação das acadêmicas através da observação da turma, da metodologia e dos recursos utilizados pela professora regente. Também foi observada a rotina, os horários, os combinados da classe e, além disso, as estratégias que a equipe diretiva utilizava para organizar o cotidiano escolar, como o horário do recreio, da merenda, agendamento de equipamentos, salas de vídeo, sala de atos, entre outros. 
No dia 27 se deu a continuidade à observação na turma. As aulas acontecem no turno da manhã na Escola Oswaldo Aranha das 08h00min as 12h00min. A professora regente leciona na escola há cerca de 20 anos. A turma é considerada grande em número, contudo é constituída por crianças participativas, que se envolveram bastante durante as atividades propostas nas oficinas. Neste dia, a professora destinou um tempo de sua aula para conversar com as bolsistas do programa para dar algumas informações sobre os pontos fortes e fracos da turma e contar como tem sido o trabalho que ela vem realizando.

Observação e ambientação das bolsistas


No dia 4 de outubro foi realizada a primeira oficina: “Era uma vez...”: Oficina de Contação de Histórias - Neste dia foi trabalhada uma lenda local muito popular na cidade de Alegrete, denominada “A Lenda Da Lagoa do Parové”. 
Diz a lenda que a lagoa teria se  formado por simbolizar o amor de Camaco e Panaim, índia que chorou lágrimas de dor pela perda de seu amado. Possui 1.100m de comprimento e 500m de largura e, está situada nas escavações naturais de um coxilhão. 



O cavalo encantado da Lagoa do Parové


Esta lenda foi escolhida pelas acadêmicas, não só pela popularidade da mesma, mas também para dar continuidade ao conteúdo que já estava sendo trabalhado pela professora regente: o relevo. Nesta oficina, primeiramente discutimos o relevo, seus tipos, a hidrografia, o solo, os tipos de solo, rios e lagos. Também trabalhamos os conceitos de lenda e mito na roda de conversa. Este tema foi muito pertinente, pois grande parte dos alunos reside em um bairro que estava assolado pela enchente durante o mês de setembro. Neste sentido, os alunos colaboraram amplamente com suas experiências e vivências com o Rio Ibirapuitã, que está muito presente em suas vidas. Foi utilizado o recurso de apresentação de slides para ilustrar o conteúdo discutido. A partir deste dia foi decidido pelas acadêmicas que, sempre que possível, fosse realizada a roda de conversa, pois, desta forma, há a possibilidade de analisarmos os conhecimentos prévios que os alunos trazem de casa, leitura de revistas, conteúdo da internet, da profissão dos pais, entre outros.
Na segunda etapa da oficina “Era uma vez...”: Oficina de Contação de Histórias, no dia 11, foi dada continuidade aos estudos realizados na primeira etapa. A aula teve inicio com uma conversa para relembrar o que havia sido tratado na primeira etapa da oficina. Em seguida foi realizada uma atividade escrita, uma cruzadinha envolvendo os elementos contidos na lenda e relacionados aos conceitos trabalhados anteriormente (o relevo e seus tipos, a hidrografia, lendas e contos). No pátio da escola foi feita uma análise do terreno próximo, dos tipos de solo que lá havia e recolhidos elementos para a construção de uma maquete que reproduzisse o conteúdo e concretizasse as definições previamente discutidas. 

Recolhendo materiais no pátio da escola

No dia 18 iniciamos a oficina “Pequenos Escritores do Alegrete” onde, em um primeiro momento, na roda de conversa, foi trabalhada a primeira atividade do dia. Tratava-se de uma charada e o objetivo era de que os alunos descobrissem de que personalidade se estava falando. Pistas foram sendo dadas a respeito de um importante poeta alegretense, Mário Quintana. Os alunos demonstraram muito interesse e empolgação desde o início da apresentação dos slides até o fim da atividade, quando foi desvendado o mistério. Em um segundo momento foram distribuídas poesias de Mário Quintana e os alunos divididos em três grupos, os quais foram direcionados a fazer pequenas produções textuais (livrinhos) e ilustrações das poesias, que mais tarde foram compartilhados com os colegas. Os alunos ficaram excitados com a apresentação de slides e fizeram diversas especulações sobre quem era a personalidade a ser descoberta.

Produção textual- Oficina “Era uma vez...”


Produção textual- Oficina “Era uma vez...”


O SIEPEX, Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da UERGS aconteceu no dia 25 de outubro, onde a acadêmica Elene Reck apresentou o trabalho que estava sendo desenvolvido pelas acadêmicas no PIBID em Alegrete e, por este motivo as bolsistas não realizaram atividades na escola nesta data.




No dia 31 iniciamos a prática da terceira oficina: “Um, dois, três...”: alfabetização Matemática e desenvolvimento do raciocínio. Primeiramente foi apresentado um vídeo didático falando sobre a origem do dinheiro e do salário. Logo após, na roda de conversa, discutimos o tema, onde foram levantadas diversas questões sobre a origem e as mudanças de moedas de troca ao longo dos tempos e a importância e necessidade de utilizarmos moedas de troca na atualidade. 
Em outro momento realizamos atividades de operações matemáticas básicas (divisão, multiplicação, adição e subtração) a pedido da professora regente. Foram levados encartes de lojas do comércio local que continham produtos e seus respectivos preços. Os alunos fizeram recortes de cinco produtos à sua escolha e, a partir destas escolhas, foram desenvolvidos desafios matemáticos das quatro operações. 


A oficina alcançou o objetivo proposto, os alunos demonstraram facilidade em desenvolvê-la, contudo não foi possível concluir a proposta no primeiro dia, e com isso fizemos a correção dos cálculos em uma segunda etapa. 
Dia 8 de novembro começamos a quarta oficina: Sopa de Letrinhas. Na roda de conversa, discutimos sobre a II Parada do Orgulho Louco da qual os alunos participaram. Este evento contou com a presença de diversos acadêmicos da UERGS e professores em sua organização. Foram levantas questões como: O que é a loucura? O que ela representa na nossa sociedade? O que é um manicômio? E alguns conceitos sobre a loucura. Logo após esta longa discussão os alunos ilustraram o evento.






O objetivo desta discussão é equivalente ao objetivo da Parada Gaúcha do Orgulho Louco, que celebra anualmente a luta antimanicomial, que busca a garantia dos direitos de liberdade e inclusão social efetiva dos loucos na sociedade. 
Após o recreio, iniciamos a leitura do texto: “O Fantasma”, da autora Maria Tereza Guimarães Noronha, assunto que se relaciona com as celebrações referentes ao Dia das Bruxas. O texto se refere à misteriosa história de um suposto fantasma que residiria no sótão de um sobrado e que assombrava seus moradores. Depois de muitos ruídos misteriosos, passos soturnos, correntes que se arrastavam e noites de insônia é revelado o mistério que se transforma em uma grande diversão. Logo após foram realizadas atividades de interpretação e gramaticais, trabalhando o emprego do S, SS, Ç, X, SC. A primeira continha perguntas com relação aos personagens da história, interpretação de gírias, entre outras. A segunda consistia em empregar diferentes fonemas utilizando a grafia correta. 
Na quinta oficina, no dia 22 de novembro se exibiu o filme de animação “Wall-E”, do diretor americano Andrew Stanton, que trata da utilização das tecnologias e suas consequências na vida humana. 
A escolha do filme se deu porque não havia computadores suficientes para a realização de atividades no Laboratório de Informática. Após a sessão de filme, retornamos à sala de aula e discutimos sobre as tecnologias, suas vantagens, desvantagens e utilidades no cotidiano.



CONCLUSÃO

Articulando o ensino à pesquisa e à extensão na área da formação docente, foi possível integrar universidade e escola, utilizando os saberes adquiridos em diálogos com os professores e colegas nos encontros de formação juntamente com as práticas docentes realizadas nas oficinas. As práticas pedagógicas viabilizaram às acadêmicas atividades de criação, participação e intervenção no cotidiano escolar e possibilitaram situações didático-pedagógicas que contribuirão mais tarde para a carreira destas acadêmicas. 
A proposta desenvolvida foi muito interessante, pois possibilitou que as bolsistas do PIBID trabalhassem de forma cooperativa, compartilhando experiências que demonstraram o quão importante é a prática docente. Esta, aliada a teoria, favoreceu não só as acadêmicas que estão em processo de formação, mas também às escolas que abraçaram o programa. Os alunos apreciaram a metodologia diferenciada, já que os resultados foram bastante positivos, produzindo saberes de forma divertida e atingindo os objetivos propostos pelo programa.


Iara S. Ribeiro
Acadêmica bolsista PIBID - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Licenciatura em Pedagogia- Alegrete- RS

Resumo
Este artigo expõe as práticas em sala de aula de Iara Soares Ribeiro, acadêmica do segundo semestre de pedagogia e bolsista do PIBID, em uma turma de primeiro ano de ensino fundamental no Instituto Estadual de Educação Oswaldo Aranha. Após formações de quatro horas semanais na unidade da UERGS Alegrete, os bolsistas do PIBID colocavam em prática aquilo que aprendiam nas turmas escolares em que estavam inseridos como iniciantes a docência. O objetivo do bolsista, além de passar aos seus alunos o que lhes era ensinado, era, também, observar qual o aproveitamento deles diante da aplicação de novos métodos de ensino. 

Introdução 
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) proporciona aos bolsistas um incentivo à sua formação. Através dele os acadêmicos, em sua trajetória inicial, têm a oportunidade de por em prática o conhecimento adquirido em sala de aula e desenvolver atividades docentes como professores que serão ao término do curso. 

Objetivos 
Buscar novas experiências a serem aplicadas no processo de ensino- aprendizagem pelos docentes em formação, pois estes devem estar preparados para os novos desafios. Métodos pedagógicos e a tecnologia que está sendo implantada nas escolas exigem que os educadores tenham criatividade para poder propiciar aos educandos um melhor aproveitamento desses recursos em seu aprendizado. 

Fundamentação Teórica 
De acordo com o conteúdo programático, foram realizadas práticas pedagógicas desenvolvidas em forma de oficinas. Os bolsistas ministram aulas uma vez por semana, em turmas de série iniciais, contribuindo, assim, com o aprendizado de ambas as partes, pois as trocas de conhecimento dos acadêmicos com os alunos, no processo de ensino aprendizagem, aprimora os saberes de ambos. 
A formação de docentes oferecida pelo programa os insere num contexto diferenciado do que têm na graduação e o aperfeiçoamento de seus conhecimentos, através da prática, forma professores motivados e identificados com a realidade vivenciada da sala de aula. 

Metodologia 
As aulas foram planejadas de acordo com os temas propostos na formação. Para a elaboração das aulas, a acadêmica fez pesquisas bibliográficas e na Internet, além de consultar a professora regente da turma de primeiro ano de ensino fundamental que lhe foi designada e as professoras colaboradoras do PIBID. 
Os temas eram expostos para os alunos através de leituras, cartazes, filmes, construção de mural, painéis feitos em conjunto com os alunos, jogos didáticos e lousa. 

Procedimentos 
Na primeira aula foi desenvolvida a atividade de contação de histórias envolvendo a mitopoética de Alegrete. Neste primeiro contato as crianças se mostraram participativas e atentas a história contada, fizeram várias perguntas e colocações, pois foi trabalhado a história dos CTGs e muitos alunos participam desse movimento. Também se falou a respeito de usos e costumes locais e as crianças realizaram as tarefas com entusiasmo e alegria. Observe-se que a cultura gaúcha é muito presente na cidade de Alegrete. 
Na oficina de produção textual foi exposto, em cartaz, um poema de Mario Quintana, depois a leitura e a distribuição das tarefas aos alunos. Estes foram divididos em grupos para fazerem desenhos sobre sua compreensão do poema “Cidadezinha Cheia de Graça”. 
Nas oficinas de “Alfabetização e Matemática”, assim como nas anteriores, todas as atividades estavam preparadas para que os alunos tivessem o melhor aproveitamento possível. A turma trabalhou com figuras de animais, desenvolvendo exercícios tais como situações problemas, números, jogos com figuras e questões envolvendo o uso da matemática. 
Na oficina “Sopa de letrinhas” foram trabalhadas a sílabas na formação de palavras e destas na formação de frases. Os alunos usaram recortes de revistas e jornais para escrever seu nome, fizeram ditado e, após, confeccionaram um mural. 
Na oficina “Corpo e Movimento” foi trabalhada a percepção espaço visual através de uma atividade onde cada aluno fazia um gesto, conforme a música, e os demais o imitavam e, também, a dança das cadeiras. Antes de iniciar, foi explicada a importância de cada movimento dos nossos membros em relação à saúde corporal. 
Na aula seguinte da mesma oficina, o tema trabalhado foi o da Consciência Negra, através da história “Menina Bonita do Laço de Fita”, que foi narrada aos alunos. 
Na oficina “Navegando: Introdução à Informática”, os alunos acessaram jogos pedagógicos. A experiência foi um sucesso, os alunos sugeriram que fossem feitas mais aulas como aquela. 

Conclusão 
O programa desenvolvido e executado no instituto de educação Oswaldo Aranha proporcionou aos alunos que foram beneficiados com as oficinas, uma proposta nova de ensino-aprendizagem, além de amostrar que é possível inovar sem muitos recursos através de uma metodologia de fácil entendimento. A diferença se faz quando são detectados os problemas básicos que são enfrentados diariamente em sala de aula e elaborando metodologias e técnicas que auxiliem os alunos. Consegue-se, assim, atingir o objetivo do programa que é o de vivenciar essa experiência única na vida de quem está iniciando sua caminhada rumo a esse mundo cheio de surpresas e desafios que é o da educação.